Cerca de 130 militares, dos três ramos das Forças Armadas, são tratados todos os anos na Marinha por dependências de álcool, tabaco ou outras drogas. A Unidade de Tratamento Intensivo de Toxicodependência e Alcoolismo (UTITA) existe há 18 anos e também reabilita elementos das forças de segurança e civis.
A dependência de nicotina e álcool são os principais problemas. Mas também há casos de viciados noutras drogas, como a cocaína, a cannabis ou mesmo a heroína. Estas últimas substâncias são, no entanto, mais frequentes entre civis, até porque «os militares fazem análises clínicas com frequência», explicou ao PortugalDiário uma responsável da UTITA.
Segundo os responsáveis pelo departamento, cerca de 60 por cento dos doentes ¿ militares e civis - são recuperados com sucesso. Entre os militares, a taxa de sucesso atinge mais de 80 por cento. Um pouco mais difícil é o tratamento da dependência de tabaco. Apenas 38 por cento dos viciados no cigarro conseguem deixar de fumar.
Para os elementos da Marinha, o serviço de tratamento é totalmente grátis. Os militares do Exército, da Força Aérea, da GNR, e os polícias da PSP pagam um «preço reduzido». A Unidade aguarda ainda a assinatura de «um protocolo com as forças de segurança para melhorar ainda mais as condições de acesso dos seus elementos doentes».
Fonte: Portugal Diário
Data de introdução: 2004-10-21