A 17.ª Conferência Internacional sobre sida terminou, chamando à atenção dos países ricos para o facto de não estarem a assumir os seus compromissos em relação ao financiamento do "acesso universal" ao tratamento da doença.
Tendo congregado durante uma semana, na cidade do México, cerca de 21.000 delegados, três mil jornalistas e mais de 55 milvisitantes, a conferência - a primeira desta natureza realizada na América do Sul - apela também a toda a gente para que deixe de estigmatizar os seropositivos.
Há dois anos, a conferência (realizada em Toronto) terminou com outro pedido dirigido ao grupo do G8 - entidade económicopolítica formada pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão e o Reino Unido (antigo G7) mais a Rússia -, para que cumprisse as promessas que tinha feito para combater a sida/VIH, uma doença que tem 33 milhões de pessoas infectadas em todo o Mundo.
Em 2005, o G8 fixara, como objectivo, a garantia, em 2010, do "acesso universal" (a tratamentos, cuidados e programas preventivos) ao processo da cura da sida. Todavia, "estamos muito preocupados que, a menos de dois anos da data fixada, os líderes do G8 só tenham alocado pouco mais de um terço dos recursos que prometeram", declarou na sexta-feira Michel Kazatchkine, director executivo do Fundo Mundial para a Luta contra a sida/VIH. No universo das pessoas infectadas, 10 milhões precisam de tratamento, mas apenas um terço deste número tem acesso ao processo.
Prevê-se um aumento de custos - o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH (ONUSIDA) fala em cerca de 55 mil milhões de euros em 2015 -, atendendo também à progressiva alteração de medicamentos que se tornaram ineficientes.
Os países mais afectados são os da África subsahariana, onde a doença é a principal causa de morte (dois terços dos infectados). Na África do Sul, Botswana e Zimbawe, cerca de 20% da população está doente. A ONU calcula que, em 2007, a sida tenha matdo 2,1 milhões e infectado outros 2,5 milhões.
11.08.2008 Fonte: Jornal de Notícias
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