JOÃO CARLOS DIAS, COORDENADOR DA CHAMA DA SOLIDARIEDADE

De mão em mão de Braga até Viseu

SOLIDARIEDADE - Qual é o programa da Chama?
JOÃO CARLOS DIAS
- O programa da Chama só será completamente definido no dia 3 de Setembro, quando juntarmos os programas ainda em preparação pelas Uniões, em função do percurso definido entre Barcelos, onde se realizou o ano passado a Festa da Solidariedade, e Viseu que a vai acolher no próximo dia 19 de Setembro. Sairá de Barcelos em direcção a Chaves no dia 15 de Setembro, chegará a Vila Real a 16, a Lamego dia 17 e a Viseu no dia 18. No dia 19 fará um percurso em Viseu até ao recinto da Festa.

Haverá animação para a chegada da Chama a Viseu?
A animação esperada será da iniciativa das IPSS locais, que em parceria com a Autarquia e colectividades, organizarão envolvendo a população em geral.

Que significado tem a Chama da Solidariedade?
A Chama não tem um significado. O que ela representa junto de quem a organiza a nível local, para quem nela participa de forma organizada ou apenas é surpreendido pela sua passagem, é de tal forma variado que permite encontrar muitos significados. A sua passagem de mão em mão até ao local da Festa, no mínimo representará a união de esforços para alcançar um objectivo, é a Solidariedade.

Que adesão espera por parte das IPSS e UDIPSS?
Será sempre variável em função das características da Instituição e dos próprios utentes. Por vezes, o horário de passagem da Chama pode determinar diferentes oportunidades de participação, mas todas com verdadeiro entusiasmo. As UDIPSS estão completamente envolvidas, delas depende a organização e o envolvimento de todo o seu “território”.

Que iniciativas estão a ser preparadas?
Em concreto só no dia 3 de Setembro teremos acesso aos programas locais e como este processo é verdadeiramente dinâmico, eles serão enriquecidos até ao momento da passagem da Chama. A participação na criação destes programas pode ser de iniciativa de Instituições, basta contactarem as suas UDIPSS fazendo propostas.

O ano passado a Chama concitou grande interesse pelas terras por onde passou. Este ano a iniciativa ainda pode melhorar?
No sentido de proporcionar maior participação, introduzimos algumas alterações no modelo adoptado no ano anterior, que resultaram da avaliação efectuada pelas UDIPSS envolvidas e pela equipa que acompanha a Chama. Esperamos assim melhorar o sucesso do ano passado.

Que balanço faz das edições anteriores?
A Chama não se conta, vive-se. Quem com ela se cruza, a recebe e a entrega a alguém, é conduzido por uma emoção que não esperava e o balanço desse momento sobrepõe-se a qualquer outro.

Julga que esta iniciativa deve prosseguir nos próximos anos?
A ideia é interessante: unir as Festas da Solidariedade pela passagem de testemunho de mão em mão, de Instituição em Instituição, é uma boa representação da Solidariedade. Representar a Solidariedade envolvendo as comunidades, é convidá-las a serem solidárias. A chama da Solidariedade é uma oportunidade por isso vale a pena continuar.

Que tipo de organização é que esta iniciativa requer?
Tem alguns aspectos complexos sem os quais não seria possível andar na estrada tantos dias seguidos, de organização local em organização local, sem perder ritmo, mantendo o espírito de participação continuada desde o primeiro portador da chama, até ao palco da Festa da Solidariedade. Mas o verdadeiro segredo é aproveitar todas as vontades, não desperdiçar nenhuma e colocá-las solidariamente em harmonia com todas as outras. O resultado é verdadeiramente bonito.

A mensagem tem passado para aqueles que assistem à passagem?
Naturalmente passa mais naqueles que participam, mas também acontece frequentemente, que os que assistem se envolvem e passam a participantes, acabando por se inteirar do que realmente se passa.

Em que é que pode melhorar?
Haverá sempre aspectos a melhorar de ano para ano, mas temos que estar conscientes que, de ano para ano, o grupo organizador muda, não têm por isso a experiência vivida na edição anterior. Mantemos o mesmo coordenador nacional e a equipa do terreno, mas as UDIPSS naturalmente variam em função do percurso entre Festas. É por isso fundamental o trabalho de avaliação final que representa um grande apoio para a equipa seguinte. Esta metodologia parece garantir a melhoria contínua desta iniciativa. Mais difícil de conseguir, são as condições de visibilidade e projecção que a chama merece.

 

Data de introdução: 2009-08-05



















editorial

VIVÊNCIAS DA SEXUALIDADE, AFETOS E RELAÇÕES DE INTIMIDADE (O caso das pessoas com deficiência apoiadas pelas IPSS)

Como todas as outras, a pessoa com deficiência deve poder aceder, querendo, a uma expressão e vivência da sexualidade que contribua para a sua saúde física e psicológica e para o seu sentido de realização pessoal. A CNIS...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Que as IPSS celebrem a sério o Natal
Já as avenidas e ruas das nossas cidades, vilas e aldeias se adornaram com lâmpadas de várias cores que desenham figuras alusivas à época natalícia, tornando as...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Adolf Ratzka, a poliomielite e a vida independente
Os mais novos não conhecerão, e por isso não temerão, a poliomelite, mas os da minha geração conhecem-na. Tivemos vizinhos, conhecidos e amigos que viveram toda a...