A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS) considera "satisfatórias e plausíveis" as recomendações da Direcção-Geral da Saúde para os lares de idosos para prevenir o impacto da gripe A, mas receia a falta de pessoal. "As recomendações são globalmente satisfatórias e plausíveis muito embora tenhamos que ponderar a questão de assegurar trabalhadores para o caso de haver funcionários com a gripe e para manter em funcionamento as instituições", disse à agência Lusa o padre Lino Maia. Para colmatar a eventual falta de pessoas, a CNIS sugeriu às suas associadas que particularmente catalizem voluntários que terão acções de formação para o caso de ser necessário substituir funcionários temporariamente.
"As instituições de acolhimento e de idosos, que não podem fechar, têm de estar em funcionamento 24 horas por dia e por isso as instituições vão, particularmente, catalizar voluntários que podem assegurar transitoriamente os serviços. Os voluntários são a grande solução", explicou.
A DGS recomenda que as instituições identifiquem os funcionários e colaboradores necessários para manter a instituição em funcionamento e equacionem a preparação de uma lista adicional de funcionários (contratados, funcionários com outras competências, reformados) e que os formem para desempenharem tarefas essenciais ou prioritárias, em caso de necessidade.
Esta é uma das recomendações da DGS num documento elaborado para ajudar a evitar ou a limitar o impacto da gripe A (H1N1) nas instituições para pessoas idosas. O padre Lino Maia disse também que já houve vários contactos a nível distrital entre as instituições da CNIS e a DGS para a divulgação de informações sobre a gripe A (H1N1). "Não interessam os alarmismos até porque estou convencido de que as instituições de idosos não devem ser as mais afectadas, contudo interessa que seja divulgada todo o tipo de informação para prevenir", sustentou.
Quanto à União das Misericórdias Portuguesas (UMP), concorda com as recomendações das autoridades de saúde para os lares de idosos para mitigar o impacto da pandemia da gripe A, mas admite que não consegue reforçar o número de funcionários.
"Os nossos técnicos de saúde consideram que é uma base consensual de trabalho. Congratulamo-nos com o documento, sendo este o resultado de várias reuniões com a Direcção-Geral de Segurança Social e o Instituto de Segurança social a nosso pedido", disse à Lusa o presidente das União das Misericórdias, Manuel Lemos. O responsável da UMP lembrou que, ao contrário de uma creche, é impossível encerrar um ou mais lares de idosos devido à gripe A (H1N1) e por isso solicitou que este grupo da população seja considerado prioritário para a vacinação.
Segundo a Direcção-geral de Saúde (DGS), os lares de idosos devem ter um plano de contingência que previna o impacto da pandemia da gripe A, nomeadamente assegurando um número adicional de funcionários que garanta o funcionamento dos espaços.
Esta é uma das recomendações da DGS num documento elaborado para ajudar a evitar ou a limitar o impacto da gripe A (H1N1) nas instituições para pessoas idosas. "As instituições devem identificar funcionários, colaboradores e outros recursos essenciais necessários para manter a instituição em funcionamento e equacionar a preparação de uma lista adicional de funcionários (contratados, funcionários com outras competências, reformados) e formá-los para desempenharem tarefas essenciais ou prioritárias, em caso de necessidade", lê-se no documento.
Para Manuel Lemos esta recomendação é "impossível" de colocar em prática nas Misericórdias: "Não há possibilidade de haver reforço de pessoal e por isso pedimos para sermos prioritários quando a vacina estiver disponível".
A juntar a estes conselhos a própria União distribuiu sexta-feira um conjunto de recomendações a aplicar nos seus lares de idosos. "Os nossos técnicos elaboraram os próprios planos de contingência que são instrumentos para serem utilizados em todas as misericórdias e que já foram entregues na sexta-feira", revelou.
Data de introdução: 2009-08-18