Sei que títulos como este merecem sempre reparos e críticas, com o argumento de que são negativistas, assim tipo “bota abaixo” (expressão usada cada vez mais por quem entende que deveríamos ser mais “prudentes e mansos” nas análises que fazemos, sobretudo quando, supostamente, tais juízos puderem prestar-se a ser entendidos como uma “crítica” a quem detém certos “poderes”) !
Porém, também confio no SOLIDARIEDADE, sentinela ao serviço de quem é vítima de DESUMANIDADES, para ousar erguer a voz e gritar a minha revolta, que é a revolta de cada vez mais gente: NÃO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA!
Recorrentemente, e de forma crescente, analistas, sociólogos, pessoas que convivem com o dia-a-dia de muita gente que sofre na pele as várias “crises” que se vão abatendo sobre a sociedade portuguesa, e não só, alertam para a necessidade em estarmos atentos a uma situação de ALARME SOCIAL que pode atentar contra a coesão social e a própria convivência democrática!
O mal é que um ALARME SOCIAL, assim a sério, como alguns temem, pode até nem estar para breve nem acontecer da forma apocalíptica como o imaginam. Isto, porém, não obsta que uma cadeia de pequenos e médios alarmes sociais não possam, qual tsunami da natureza maltratada e ferida, vir a ter réplicas capazes de, em pouco tempo, arrasar tudo e todos!
Em face de uma sociedade onde a INDIFERENÇA, as DESIGUALDADES SOCIAIS, A INJUSTIÇA, A POBREZA, os ATENTADOS Á FAMÍLIA E Á VIDA, a extrema VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, ocupam frequentemente primeiras páginas de jornais e abrem noticiários televisivos, será legítimo perguntar: não estaremos já há muito tempo a ouvir gritar de desespero e dor milhares de pessoas, num alarme social semelhante a sirene estridente a convocar VOLUNTÁRIOS QUE AS SALVEM?
E se a prática da “solidariedade em obras” é a mais urgente e visível, urge também cultivar a “consciência social” que, em cada tempo e momento, funcionará como o alarme a tocar a rebate em busca de ajuda!
Pe, José Maia
Data de introdução: 2009-12-11