A generalização do acesso à escola foi o factor mais relevante nos últimos 50 anos na área da Educação, com o número de alunos a aumentar em mais de 700 mil, segundo uma publicação apresentada no Instituto Nacional de Estatística. Segundo a publicação "50 Anos de Estatísticas da Educação", da responsabilidade do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE), estavam matriculados em 1960/61 no sistema de ensino 1 086 115 alunos, mas em 2007/08 já eram mais de 1,8 milhões.
Este crescimento exponencial regista-se sobretudo ao nível do ensino secundário e da educação pré-escolar, que registam durante aquele período mais 336 361 e 259 630 estudantes, respectivamente.
A taxa de pré-escolarização passou de 0,9 por cento em 1960/61 para 77,7 por cento em 2006/2007, enquanto a taxa de escolarização aos cinco anos passou de 1,6 para 92,6 por cento, no mesmo período. "Muitas vezes precisamos de nos afastar para ver melhor e é o que acontece com a análise dos dados aqui apresentados. Convidam-nos a fazer uma viagem no tempo", afirmou a ministra da Educação, durante a apresentação do documento.
Isabel Alçada destacou, também, os alargamentos da escolaridade obrigatória ao longo dos últimos 50 anos, para defender que "todos os portugueses têm direito a uma escolaridade prolongada" e sublinhar a importância disso no desenvolvimento do país.
A taxa de escolarização aos 15 anos, portanto no final do básico, evoluiu de 13,0 para 99,7 por cento, enquanto o mesmo indicador relativo ao secundário passou de 1,3 para 60 por cento, no período em análise.
A ministra da Educação revelou a expectativa de que os resultados das actuais políticas educativas se reflictam nas próximas estatísticas do sector. Em relação ao número de professores, evoluiu de 36 790 para 175 719. Ao nível da educação pré-escolar, em 1960/61 existiam pouco mais de 300 educadores, enquanto agora são mais de 17 mil.
Data de introdução: 2010-02-13