A Organização Mundial de Saúde considerou, esta semana, "inoportuno" alterar o nível de situação pandémica e concluir que a gripe A já atingiu o seu ponto crítico em todos os países do mundo. "Não é oportuno alterar a actual fase pandémica", anunciou.
"Com base nas recomendações do Comité de Emergência, Margaret Chan da OMS, decidiu ontem que não é apropriado alterar a actual fase de pandemia", afirmou o seu assessor especial para a pandemia de gripe, Keiji Fukuda, durante uma teleconferência.
Para os 15 especialistas do Comité de Urgência, seria prematuro concluir que "todas as partes do mundo já passaram o pico de transmissão da gripe pandémica H1N1". Até porque foram descobertos novos focos de transmissão na África Ocidental.
"Clara regressão"
Fukuda, que no passado dia 11 de Fevereiro tinha afirmado que "o pior já passou", e que a gripe A estaria agora mais próxima de uma gripe sazonal", voltou a reconhecer que a pandemia entrou em "clara regressão", sobretudo na América do Norte e na Europa Ocidental. Mas ressalva que há "incertezas sobre o aparecimento de novas ondas de actividade generalizada", não devendo a "prevenção ficar comprometida".
Desde que apareceu, há quase um ano, a gripe A provocou 16 mil mortes em 212 países. Em Portugal, fez 106 mortos. Mas a fase pós-pico, torna Fukuda, "não significa que a pandemia tenha terminado; ela está num momento de transição. E esse momento implica novas recomendações ". Assim, a OMS vai rever as recomendações feitas aos 139 países membros da organização, nomeadamente em matéria de vacinação - já foi avançada a possibilidade da vacina única -, para ajudar os governos, em matéria de saúde pública, a adaptarem a resposta a esta nova fase da doença. Até lá, o que foi aconselhado continua em vigor.
Jornal de Notícias
Data de introdução: 2010-02-25