No biénio de 2007 e 2008 morreram por afogamento 34 jovens com idades compreendidas entre os zero e os 18 anos. Entre 2002 e 2008 esse número eleva-se para 150 acidentes fatais (uma média de dois por mês).
Estes são dados que constam do relatório Afogamentos de Crianças em Portugal da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), apresentado no Verão passado.
Segundo o perfil traçado pela associação, a maioria das crianças vítimas de afogamento tem menos de quatro anos, é do sexo masculino e o acidente ocorre principalmente em piscinas no Sul do país; no Norte, dá-se em poços, tanques, rios, ribeiras e lagoas.
Tradicionalmente, o pico dos afogamentos situa-se entre os meses de Maio e Setembro. No entanto, nos últimos anos tem-se verificado a tendência para ocorrência de alguns casos distribuídos pelos outros meses do ano.
Os afogamentos constituem a segunda maior causa de morte infanto-juvenil em Portugal, sendo só suplantada pelos acidentes rodoviários. Refira-se, ainda, que, segundo o Congresso Mundial de Afogamentos de 2002, cerca de 80% dos casos de afogamento poderiam ser prevenidos.
Entre algumas das medidas defendidas pela APSI encontram-se a aplicação e fiscalização da lei existente quanto à vedação e cobertura de poços e a publicação de uma norma para vedações eficazes na prevenção do afogamento nas piscinas.
A organização irá revelar os números dos afogamentos do ano passado no próximo mês, altura em que se inicia a época balnear.
Fonte: Jornal de Notícias
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