A CNIS, Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, vai estar presente, representada pelo seu presidente, padre Lino Maia, no encontro com o Santo Padre, pelas 17 horas do dia 13 de Maio, na Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima. Será um encontro restrito com alguns líderes de organizações de solidariedade portuguesas.
Quando se encontrar com Bento XVI, Lino Maia pensa “testemunhar ao Santo Padre a importância da actividade da Igreja na acção solidária em Portugal”. O presidente da CNIS realça a importância desta iniciativa: “É a primeira vez em que um Papa quer ter um encontro com as organizações da Pastoral Social e da acção social. Certamente reconhecendo o seu papel fundamental no actual contexto português.”
A CNIS representa mais de 2500 instituições particulares de solidariedade social, responsáveis por dois terços das respostas sociais em Portugal. No encontro de Fátima, o padre Lino Maia estará ao lado do presidente da Cáritas portuguesa, Eugénio Fonseca, também presidente-adjunto da CNIS, e de frente para um Papa que aprecia particularmente porque anteviu que "o endeusamento do mercado iria levar ao colapso".
O Solidariedade falou com o presidente da CNIS a propósito desse momento tão especial e importante.
Quem vai estar presente no encontro com o Papa, representando as IPSS?
Estarão muitos dirigentes de IPSS: inscritos através da CNIS são 308, que são dirigentes de outras tantas IPSS. Mas há dirigentes que se inscreveram através dos Secretariados Diocesanos de Pastoral Social e Caritativa, através da Cáritas e através da União das Misericórdias, pelo que dirigentes de IPSS (um por cada IPSS) serão certamente mais de 500.
Em que vai consistir o encontro com o Papa?
Fundamentalmente, será um encontro em que o Santo Padre falará certamente da importância da caridade e das suas expressões sociais em favor dos homens, particularmente dos mais carenciados. A caridade é a grande expressão visível da Igreja que faz do homem o seu caminho. Certamente será uma oportunidade para conhecer melhor o pensamento do Santo Padre e para uma melhor comunhão no magistério pontifício.
A CNIS estará representada?
A CNIS será representada, como tem de ser, pelo seu presidente, que, aliás, participará, também, num encontro mais reservado com o Santo Padre.
Que preocupações sociais e específicas do sector solidário, vai transmitir ao Papa?
Entre outras coisas, penso testemunhar ao Santo Padre a importância da actividade da Igreja na acção solidária em Portugal. Muitas das iniciativas e do seu desenvolvimento sustentável em favor do homem todo e de todos os homens têm a marca da Igreja e o seu patrocínio e todas se desenvolvem em comunhão com outras iniciativas laicas ou de outras Igrejas. Nesta área, visivelmente, a Igreja é fermento e comunhão credível de construção.
Que significado pode vir a ter o encontro?
Não sendo a primeira visita de um Papa a Portugal, é a primeira vez em que um Papa quer ter um encontro com as organizações da Pastoral Social e da acção social. Certamente reconhecendo o seu papel fundamental no actual contexto português. Creio que, doravante, com a bênção do Santo Padre, ficará assegurado e firmado o reconhecimento deste mundo de belas, boas e verdadeiras iniciativas em favor de uma comunidade mais justa, mais humana e com melhor devir.
Data de introdução: 2010-05-05