SOLIDARIEDADE

Ciclo económico exige convergências e responsabilidade social

O economista e ex-secretário de Estado da Segurança Social Fernando Ribeiro Mendes defendeu que o actual ciclo económico exige mais convergências, grandes parcerias com acções concretas, uma gestão mais transparente e aposta na responsabilidade social. Fernando Ribeiro Mendes defendeu que a actual tendência é a convergência e que é preciso convergir mais, contrariando a actual tradição de "pequenas quintas". "A convergência tem de se traduzir em grandes parcerias voltadas para as intervenções concretas e também numa alteração da maneira de trabalhar, da gestão das nossas organizações, empresas, organismos públicos, instituições particulares de solidariedade social que têm de se tornar mais transparentes, prestar melhor contas do que fazem a toda a sociedade e a todos os stakeholders envolvidos", explicou.

Na opinião do economista, as convergências têm como atores principais, para além do Estado, a sociedade civil e o sector empresarial, cabendo aos dois últimos a capacidade de aliviar os encargos que actualmente o Estado tem em matéria de solidariedade social porque "têm uma sensibilidade mais directa dos problemas".
Ribeiro Mendes alertou que não se pode exigir que sejam estas iniciativas a contrariar a actual tendência de crise económico-financeira que Portugal atravessa, mas admitiu que possam dar "um contributo essencial". "Há custos sociais que são inevitáveis nesta crise, há muita gente que está a cair em situações muito difíceis e não é um Estado que está com uma restrição orçamental brutal que pode dar resposta, mesmo financeiramente", sublinhou.

O ex-secretário de Estado lembrou que Portugal não está a partir da estaca zero em matéria de responsabilidade social, já que na última década muitas empresas investiram nesta área, mas defendeu que é agora necessário que essa aposta se generalize a todas as empresas.
Nesta matéria, Ribeiro Mendes defendeu um papel de incentivo do Estado mas também de exigência, sugerindo que as empresas que fornecem serviços e bens ao Estado passem a ser avaliadas não apenas pela qualidade e preço dos seus serviços, mas também pelas suas práticas em matéria de responsabilidade social.

 

Data de introdução: 2011-12-11



















editorial

Financiamento ao Sector Social

Saúda-se a criação desta Linha de Financiamento quando, ao abrigo do PARES ou do PRR, estão projetadas ou em curso importantes obras no âmbito da transição ambiental e da construção ou requalificação de...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Agenda do Trabalho Digno – um desafio às IPSS
Durante muitos anos, dirigi, com outras pessoas, uma IPSS. Em um pouco mais de metade das suas valências os utentes não pagavam. Nessas, os acordos de cooperação celebrados com o...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Maio, mês do recomeço e do trabalho
Desde tempos imemoriais que em certas regiões europeias se celebra maio como o mês do recomeço, do lançamento de um novo ciclo temporal, a meio caminho entre a Primavera e o...