CNIS

Querem criar uma instituição gestora do pobre

A Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade Social (CNIS) defende a criação de uma instituição gestora do pobre que não interviesse no orçamento familiar, mas evitasse desperdícios, graças a um trabalho de proximidade. A CNIS esteve a ser ouvida na Comissão Agricultura e Mar a propósito do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados (PCAAC), que está previsto terminar em 2014 por imposição de alguns Estados-membros da União Europeia.Em declarações aos deputados, o presidente da CNIS defendeu que seria importante a existência de uma entidade gestora do pobre e das famílias carenciadas. De acordo com o padre Lino Maia, não seria uma estrutura que interviesse na gestão do orçamento familiar, mas teria antes uma intervenção de proximidade para evitar desperdícios.

«Às vezes, há desperdícios de bens e também há multiplicação de entrega a uns em detrimento de outros e penso que estas instituições de proximidade, IPSS, mas também a Sociedade São Vicente de Paulo, conhecem muito bem as situações e as famílias. Se lhes fossem confiadas famílias, talvez conseguíssemos evitar o desperdício de bens até porque iriam entregando os bens à medida que fossem necessários», explicou o presidente da CNIS, em declarações aos jornalistas.

Tal como adiantou o padre Lino Maia, sendo essa instituição o gestor da família, «não haveria a mesma família a bater a várias portas pedir apoio».

«Penso que estávamos a economizar bens, estávamos a distribui-los melhor e estávamos a fazer com que eles fossem mais bem aproveitados», justificou.

Por outro lado, no que diz respeito especificamente ao fim do PCAAC, Lino Maia admitiu não ter boas notícias e afirmou que «de facto a pobreza está a aumentar».

«Neste fim anunciado do apoio, a Europa está a dizer-nos que o caminho é o do aumento da pobreza e eu penso que isso é lamentável», apontou Lino Maia.

Nesse sentido, aproveitou para deixar um apelo às empresas nacionais para que façam chegar os seus excedentes às instituições para que estas os façam chegar às famílias. «É preciso que a Europa ressuscite para os verdadeiros valores do Estado Social», concluiu.

 

Data de introdução: 2011-12-14



















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