Portugal vai presidir durante os próximos três anos à Rede Europeia Anti-Pobreza, depois de ter vencido as eleições na 23ª assembleia-geral da organização de 29 países que criticou as políticas de austeridade na Europa. "As políticas de austeridade não estão a funcionar" foi a principal mensagem da 23ª assembleia-geral da REAP, que se realizou na semana passada, na Noruega. Em comunicado, a REAP assinala que "a pobreza está a aumentar, fazendo com que os mais pobres paguem o preço da crise que não criaram".
A rede a que Portugal vai presidir através da sua representação da organização defende um Pacto Europeu de Investimento Social, com investimento na criação de emprego, protecção social com esquemas de rendimento mínimo e combate à evasão fiscal, entre outras medidas.
O ativista Sérgio Aires vai presidir à REAP, coadjuvado por Letizia Sforza (Itália), Peter Kelly (Reino Unido), Olivier Marguery (França) e Kart Mere (Estónia).
O presidente da REAP Portugal, padre Joaquim Moreira, considerou que a presidência portuguesa da REAP é o reconhecimento do "empenho, seriedade e experiência da Rede portuguesa", que existe há mais de 20 anos.
Durante a assembleia-geral, os membros da REAP Europa expressaram solidariedade para com o povo grego, afirmando que "parece ter sido abandonado pelos líderes da União Europeia, quando implementaram políticas não tendo em conta as consequências sociais a curto e a longo prazo".
Data de introdução: 2012-06-14