CARTA DE CASCAIS PARA A ECONOMIA SOCIAL

Uma estratégia para os investimentos no sector

O ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, afirmou que a criação de uma carta de princípios orientadores para a área social, aprovada no dia 28 de Junho, vai gerar, quando houver estabilidade, mais investimentos no sector. "É fundamental dar um quadro estável a estas entidades e lançarmos sempre um apelo aos agentes económicos, mas acima de tudo aos agentes políticos, para podermos dar a dimensão verdadeira que este sector tem na nossa economia e que poderá ter no futuro", explicou Pedro Mota Soares.
O ministro falava aos jornalistas à margem do I Congresso Internacional para a Economia Social, que decorreu no Centro de Congressos do Estoril, no qual foi apresentada a Carta de Cascais para a Economia Social.
Sobre a importância deste documento, já aprovado pelo Conselho Nacional para a Economia Social, Pedro Mota Soares destacou que dá a "garantia, no futuro, num quadro de estabilidade, que pode gerar ainda mais investimento nesta matéria".
O ministro disse que fazer crescer o sector da economia social é "um grande desafio" e não é possível sem estabilidade. "É fundamental que o Governo e os parceiros desta rede social possam dialogar, trocar pontos de entendimento, mas também, ao mesmo tempo, ter documentos que são estratégicos para o futuro", sustentou.
Na Carta de Cascais é considerado "urgente apelar à reflexão conjunta de decisores económicos e representantes políticos" para que seja feita "uma avaliação de resultados, numa perspectiva multidimensional, baseada em impactos financeiros, mas também em impactos sociais, ambientais e culturais da actividade económica".
Por outro lado, o documento realça que a economia social é um instrumento das políticas de cooperação e desenvolvimento, sendo apontada como "um potencial de projecção externa, assente na expansão e na divulgação das boas práticas portuguesas, especialmente no âmbito das relações entre Portugal e os Países de Língua Oficial Portuguesa".
Sobre o I Congresso Internacional para a Economia Social, que reuniu governantes de Espanha, Brasil, Letónia, Angola, Timor-Leste e Colômbia, o ministro lembrou que o tema é "sempre importante, ainda mais em tempos de crise".
Na abertura do encontro, sob o tema "A Economia Social nos Desafios do Século XXI", o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, enviou uma mensagem em vídeo, em que destacou a prioridade de investimentos para a área social, sobretudo, na criação de emprego. “Sabemos como a coesão social é fundamental para superarmos esta crise”, pelo que “atentos ao momento que a Europa vive, decidimos despertar decisores económicos e políticos para a importância da economia social”, afirmou o Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares.
Estas declarações foram feitas na abertura do 1.º Congresso Internacional da Economia Social, no Estoril, onde esteve também presente o Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Marco António Costa.

 

Data de introdução: 2013-07-01



















editorial

NOVO CICLO E SECTOR SOCIAL SOLIDÁRIO

Pode não ser perfeito, mas nunca se encontrou nem certamente se encontrará melhor sistema do que aquele que dá a todas as cidadãs e a todos os cidadãos a oportunidade de se pronunciarem sobre o que querem para o seu próprio país e...

Não há inqueritos válidos.

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Em que estamos a falhar?
Evito fazer análise política nesta coluna, que entendo ser um espaço desenhado para a discussão de políticas públicas. Mas não há como contornar o...

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Criação de trabalho digno: um grande desafio à próxima legislatura
Enquanto escrevo este texto, está a decorrer o ato eleitoral. Como é óbvio, não sei qual o partido vencedor, nem quem assumirá o governo da nação e os...