PROTOCOLO

CNIS faz mais uma aposta na melhoria da gestão das IPSS

As seis primeiras e anteriores edições do GOS – Gestão de Organizações Sociais decorreram em Lisboa e formaram 230 quadros de instituições sociais em Lisboa, mas agora, com a adesão da CNIS, também os dirigentes das IPSS do Norte do País têm a possibilidade de receber formação de nível superior a chegada do programa ao Porto.
O GOS é um programa de aperfeiçoamento destinado a dirigentes de instituições da economia social que pretendem melhorar a sua capacidade de decisão e a utilização de ferramentas de gestão.
A iniciativa, que conta agora com a participação da CNIS, nasceu da união de esforço da Entrajuda, presidida por Isabel Jonet e a AESE – Escola de Direcção e Negócios, nascida em 1980 e representada na cerimónia pelo seu director-geral, José Ramalho Fontes.
Desde o início o GOS conta com o alto patrocínio da Fundação Millenium bcp, que na sede do Mira Clube, no Porto, rubricou mais um protocolo de cooperação pelo punho do seu presidente, Fernando Nogueira.
Na cerimónia protocolar, o padre Lino Maia enalteceu o facto de com este programa se poder incrementar a formação dos dirigentes das IPSS, cada vez mais necessária e desafiante.
“A subscrição do protocolo é o reconhecimento e a prova da necessidade de darmos passos em frente. O voluntarismo, que é fundamental na essência, só por si já não chega”, defendeu o presidente da CNIS, antecipando uma realidade futura que é, cada vez mais presente: “Cada vez há menos recursos e mais necessidades, pelo que é preciso uma boa gestão… Inevitavelmente, no futuro haverá menos transferências do estado e mais necessidades, por isso tudo o que é recurso tem que ser muito bem gerido”.
A CNIS terá agora oportunidade de indicar um determinado número de dirigentes, mas outros também podem aceder ao programa, que, no Porto, decorrerá, entre Fevereiro e Junho de 2014, às terças-feiras à tarde, sendo que uma vez por mês a sessão ocupará o dia inteiro (9h00 às 19h15).
“A CNIS adere de forma entusiástica, porque isto visa dar mais formação e conhecimento a mais gente”, sustentou o ´padre Lino Maia, que lembrou que “o futuro não é de pobreza, mas de maior envolvência, expressão e responsabilidade”.
Depois de José Ramalho Fontes ter apresentado a AESE que dirige e ministrará a formação e ainda o historial do GOS, mostrou-se esperançado que “a CNIS seja uma mais-valia como promotora do programa e do conceito da melhoria da gestão das organizações sociais”.
Tendo na sua génese apoiar, na organização e gestão, outras instituições de solidariedade social, a Entrajuda é a grande impulsionadora do GOS, que já conta seis edições.
“O sucesso dos 20 Bancos Alimentares deve-se muito ao modelo de gestão”, sublinhou Isabel Jonet, recordando que “a lógica da Entrajuda era levar a boa gestão às organizações que ajudam o Banco Alimentar a levar o pão”.
Para a presidente da Entrajuda e do Banco Alimentar Contra a Fome de Lisboa, “o GOS tem o mérito de não ser muito pesado para o dia-a-dia dos participantes e propõe uma nova abordagem à gestão das organizações sociais”, considerando, ainda, que o alargamento à CNIS “é decisiva”, porque “a capacitação do sector é fundamental para a sobrevivência do Terceiro Sector”.
A fechar, Fernando Nogueira assinalou que “o Terceiro Sector é pouco conhecido”, mas realçou a sua importância na sociedade portuguesa e a importância em fornecer competências a quem o dirige.
“A propósito da vinda do GOS para o Porto, ponderei que nos seis cursos já ministrados foram investidos 180 mil euros, envolvendo 120 instituições… Ora, este dinheiro dividido pelas instituições dava pouca mais de mil euros a cada uma. Agora, o efeito multiplicador investido desta forma é enorme nas IPSS, porque o conhecimento adquirido o permitiu”, afirmou o presidente da Fundação Millenium bcp, que em cada edição investe 35 mil euros.
Em Lisboa, a iniciativa decorre entre Fevereiro e Maio, às segundas-feiras à tarde, igualmente com uma sessão por mês que ocupa o dia inteiro.

 

Data de introdução: 2013-11-19



















editorial

VIVÊNCIAS DA SEXUALIDADE, AFETOS E RELAÇÕES DE INTIMIDADE (O caso das pessoas com deficiência apoiadas pelas IPSS)

Como todas as outras, a pessoa com deficiência deve poder aceder, querendo, a uma expressão e vivência da sexualidade que contribua para a sua saúde física e psicológica e para o seu sentido de realização pessoal. A CNIS...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Que as IPSS celebrem a sério o Natal
Já as avenidas e ruas das nossas cidades, vilas e aldeias se adornaram com lâmpadas de várias cores que desenham figuras alusivas à época natalícia, tornando as...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Adolf Ratzka, a poliomielite e a vida independente
Os mais novos não conhecerão, e por isso não temerão, a poliomelite, mas os da minha geração conhecem-na. Tivemos vizinhos, conhecidos e amigos que viveram toda a...