DROGA

Mulheres recorrem menos a tratamentos de reabilitação

As mulheres europeias recorrem menos aos programas de desintoxicação de drogas que os homens, representando apenas um quinto de todas as pessoas neste tipo de tratamentos, indica um estudo técnico publicado pela agência europeia para as drogas.

O Chipre é o país europeu onde mais se nota a diferença de acesso ao tratamento (por sexos), existindo uma mulher para cada nove homens a acorrer a estes centros. O mesmo estudo conclui também que as mulheres também consomem mais sedativos e drogas hipnóticas que os homens.

O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodepêndencia (EMCDDA) concluiu por outro lado que "as jovens mulheres europeias estão a ficar cada vez mais vulneráveis ao uso de drogas e a consumir doses nocivas de álcool".

O estudo publicado hoje em Lisboa, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, pretende comparar os tipos de comportamento de homens e mulheres face às drogas e procurar características que permitam esquematizar a respectiva prevenção.

A professora Salme Ahlstrom, presidente do Observatório, apelou hoje a uma maior consciencialização do problema, considerando que "é importante obter mais luzes sobre os motivos, de forma a encetar políticas de prevenção e tratamento diferenciadas por sexos, envolvendo e alterando os hábitos das jovens mulheres".

Os resultados deste estudo, baseado em inquéritos escolares e à população em geral e em centros de reabilitação, demonstram que as mulheres têm mais tendência que os homens para o uso de substâncias hipnóticas e sedativas.

As diferenças entre sexos notam-se menos nas faixas etárias mais baixas, principalmente na adolescência. Já quanto ao consumo de álcool e cannabis entre os jovens em idade escolar, o estudo refere uma muito maior incidência nos homens em relação às mulheres.

Este estudo faz parte da preparação do Relatório Anual da organização a publicar em 2006, pretendendo desde já criar ligações entre o sexo do consumidor de drogas e os seus comportamentos.

 

Data de introdução: 2005-03-11



















editorial

Educação: o pilar da inclusão e da solidariedade

Desde a sua fundação, a CNIS tem vindo a afirmar que a educação é, antes de mais, um direito de todos e um fator determinante para a inclusão social. Nesta edição do Solidariedade, reafirmamos esse compromisso...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Acolhimento de Imigrantes apela ao nosso humanismo pátrio
A entrada de imigrantes, em Portugal, tem sido um dos assuntos mais presentes na agenda do país. Na abordagem política tem predominado mais a ideologia que a defesa incontornável da...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

A responsabilidade política e a crise das urgências
Duas grávidas perderam, com um intervalo de uma semana, os seus bebés depois de procurarem uma resposta de urgência num hospital público.  Num dos casos, segundo o...