Os jovens são a faixa etária que actualmente mais recorre à ajuda da Associação dos Alcoólicos Anónimos, onde também o número de mulheres tem vindo a aumentar nos últimos anos, informou a associação.
Sónia Oliveira, vice-presidente da Associação dos Alcoólicos Anónimos (AA), adiantou que "os grupos (que frequentam as sessões) são cada vez mais jovens, chegam mais novos aos Alcoólicos Anónimos porque se bebe mais cedo e de uma maneira intensa bebidas destiladas que causam mais estragos".
"Em relação às mulheres, o estigma social está a levantar-se e dá-lhes mais liberdade para conseguirem pedir ajuda", justificou a vice-presidente dos AA, associação que apoia psicologicamente a recuperação de alcoólicos.
Segundo Sónia Oliveira, o facto de haver mais jovens também se deve "à sociedade não estar tão tolerante" em relação aos problemas causados pelo álcool. Por outro lado, os alcoólicos chegam mais jovens mas "com menos degradação" ainda não perderam o emprego ou a família, frisou.
Embora não possua dados estatísticos, a associação estima que 10 por cento de todos os que bebem com regularidade ou que ingerem bebidas alcoólicas em excesso serão alcoólicos. De acordo com Sónia Ferreira, o alcoolismo é "uma doença crónica e irreversível. O alcoólico "perde o controlo em relação à substância", é "quando se começa e não se sabe quando se vai parar".
Em relação aos frequentadores das sessões, a associação estima que 50 por cento não são regulares demorando anos até se manterem fixos, 25 por cento entram em recuperação permanente e os restantes 25 por cento nunca mais voltam aos grupos.
Data de introdução: 2005-04-01