DEMOGRAFIA

Taxa de natalidade diminui para metade em 40 anos

A taxa de natalidade em Portugal baixou para metade em quarenta anos, revela um estudo da União Europeia, que recomenda um aumento da imigração para assegurar o crescimento da população. De acordo com o estudo "Confrontando a alteração demográfica: uma nova solidariedade entre as gerações", um casal português tinha em média três filhos em 1960, mas em 2003 essa média baixou para 1,5.

O relatório, que alerta para o facto de os europeus terem uma taxa de "fertilidade insuficiente para a substituição da população", indica que em todos os países europeus a taxa de natalidade está abaixo do valor mínimo para a renovação da população (cerca de 2.1 por casal), tendo caído para 1.5 filhos por casal em muitos estados-membros, incluindo Portugal.

Desta forma, o relatório da Comissão Europeia sugere que "serão necessários maiores fluxos de migrações para satisfazer as necessidades de trabalho e salvaguardar prosperidade europeia". Segundo o estudo, a imigração nalguns países da União Europeia tornou-se "vital" para assegurar o crescimento populacional e será responsável pelo previsto aumento ligeiro da população em 2035. O mesmo documento refere também que a população na UE está a diminuir. Indica que "o número médio de filhos que os europeus gostariam de ter é de 2.3, mas apenas têm actualmente 1.5".

Para a Comissão Europeia, os governos deveriam desenvolver políticas que permitissem às famílias conciliar o trabalho com a vida familiar, nomeadamente "benefícios familiares, licença parental" e acesso à habitação.

Por outro lado, o estudo adianta ainda que a esperança média de vida tem vindo a aumentar na Europa. Em Portugal aumentou cerca de 20 anos entre 1960 e 2002. Enquanto em 1960 a mulher portuguesa tinha uma esperança de vida de cerca de 65 anos, em 2002 essa expectativa subiu para os 80 anos, refere o relatório.

Assim, a Comissão Europeia avisa que "a idade da reforma terá que continuar a aumentar" e o "emprego terá que crescer" para que as pessoas possam ser integradas no mercado de trabalho.

 

Data de introdução: 2005-04-05



















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