Um cientista da Universidade da Stanford, na Grã-Bretanha, criou um programa de computador que pode ajudar cirurgiões a prever como o coração vai reagir a uma operação antes de realizá-la. Segundo Charles Taylor, com o uso de imagens dos vasos sanguíneos dos pacientes e conhecimento sobre o fluxo do sangue, os médicos podem prever os resultados prováveis de diferentes procedimentos cirúrgicos.
A ideia é que as previsões ajudem a salvar vidas e evitar que pacientes passem por operações desnecessárias ou muito perigosas. Segundo Taylor, a análise dos dados oferecidos pelo sistema deveria tornar-se um procedimento pré-cirúrgico, assim como outros exames.
Hoje em dia, um cirurgião pode pedir uma ressonância magnética ou uma tomografia computadorizada para ter uma ideia da situação dos vasos sanguíneos de uma pessoa e o que está acontecendo no corpo do paciente. Mas os médicos precisam decidir, com base na sua experiência e conhecimento de doenças e operações, se uma cirurgia ajudaria e quais seriam os possíveis resultados.
"É preciso saber as respostas para as perguntas ’e se’?", diz Taylor. "E se for melhor não operar? E se o paciente melhora com a operação, mas uma cirurgia um pouco diferente tivesse melhores resultados?".
Taylor afirma que se um cirurgião realiza uma operação na aorta para corrigir um bloqueio, isso pode levar a outros problemas no corpo ou causar danos em alguns órgãos. O sistema de computador ajudaria os médicos a tentar outras opções e descobrir problemas potenciais antes de operar o paciente.
"O objectivo é conseguir testar primeiro no computador. Se algo de errado acontecer com o teste, isso não vai ser levado adiante no paciente", diz ele.
Taylor usou dados de animais e pacientes antes e depois da cirurgia para testar o modelo de computador. Ele disse que sua equipa está trabalhando com cirurgiões em Stanford para reunir mais dados de pacientes que passam por cirurgia nos vasos sanguíneos. "Eu acredito que isso será parte de um tratamento padrão (no futuro). Cirurgiões vão testar no computador antes de operar os pacientes", garante o especialista
Data de introdução: 2005-05-20