O ministro da Saúde anunciou que está a negociar com a CNIS e as uniões das Misericórdias e das Mutualidades um protocolo que prevê a colaboração do Sector Solidário nos cuidados primários.
Paulo Macedo admitiu, no Encontro Nacional da CNIS «As IPSS e a saúde - Perspetivas para o século XXI», que decorreu em Fátima, que as IPSS podem vir a dar resposta na área dos cuidados primários “através da possibilidade de algum tipo de acordo ou convenção”.
“Precisamos de várias iniciativas para podermos ter um médico de família para todos os portugueses”, disse o governante, considerando que esta possibilidade “abre uma janela de oportunidade para colaborarmos nesta área com as IPSS”.
Este é um dos assuntos a ser objecto de negociação no âmbito de um protocolo multi-ministerial, que incluirá os ministérios da Saúde, Educação e Solidariedade, Emprego e Segurança Social, a CNIS e as uniões das Misericórdias e das Mutualidades.
Se Paulo Macedo não quis especificar os termos da colaboração, já o padre Lino Maia adiantou mais pormenores sobre a proposta, que terá partido da CNIS.
Reconhecendo que no País há muitas IPSS que “têm um médico, têm enfermeiros, têm pessoas habilitadas para prestarem cuidados primários e até atender numa primeira audição”, o presidente da CNIS considera ainda que as mesmas podem garantir “recursos humanos e logísticos para que haja um maior e melhor atendimento, particularmente nas zonas mais deprimidas, onde, de facto, não há resposta pública”.
À margem do Encontro Nacional promovido pela CNIS, Paulo Macedo referiu ainda que as IPSS poderão vir também a colaborar na resolução dos casos de idosos abandonados nos hospitais.
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