A CNIS reuniu naquela que foi a mais serena e consensual Assembleia Geral dos últimos anos e a prova disso foi a aprovação por unanimidade do Relatório de Atividades e Contas de 2014.
As 109 instituições presentes uniram-se ainda no voto de indignação e de solidariedade, proposto pela presidente da Mesa da Assembleia Geral, Manuela Mendonça, pela situação em que se encontra o Centro Social de S. Brás do Samouco (CENSA), concelho de Alcochete, e que o SOLIDARIEDADE dá conta na sua última edição de Março.
Paulo Machado, presidente do CENSA, relatou à assembleia os últimos desenvolvimentos que apontam para o fecho iminente da instituição. Um ultimato da Autoridade Tributária e Aduaneira, que intima a instituição a entregar, no prazo de 15 dias, o edifício-sede onde labora ao seu novo proprietário. Há um ano e meio, em hasta pública, o imóvel foi vendido por 50 mil euros, por uma dívida de cerca de 65 mil euros, mas o novo dono exige no mínimo 200 mil euros. Paulo Machado apelidou a atitude do proprietário de “agiotagem”, sentimento acompanhado pela assembleia.
O presidente da UDIPSS Setúbal, Fernando Sousa, anunciou a intenção de solicitar uma reunião urgente com a diretora do Centro Distrital da Segurança Social do distrito, que há bem pouco tempo lhe disse ser o CENSA “um caso de sucesso” e que “não iria cair”.
O padre Lino, por seu turno, voltou a disponibilizar os recursos da CNIS no apoio à instituição, o que vem acontecendo desde que o processo de recuperação da mesma se iniciou.
Outras questões foram levantadas por representantes das instituições presentes, como a da subsidiação dos dependentes de 2º grau, a do IVA das refeições a terceiros e ainda a do fundo de apoio económico e social. Em resposta, o presidente da CNIS informou que já na próxima reunião da Comissão Permanente do Setor Solidário, instigando as instituições a relatarem à CNIS os problemas, para que nesse fórum privilegiado os possa colocar a debate e resolução.
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