CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS

Promover uma digitalização humanizada das IPSS

O Centro de Estudos Sociais (CES) da CNIS reuniu, em Fátima, pela primeira vez no ano de 2016, encontro que ficou marcado por “duas ideias-força”, como resumiu, ao SOLIDARIEDADE, o sociólogo e membro do colégio de especialistas Acácio Catarino: “A primeira tem a ver com a digitalização das instituições, ou seja, introduzir nas instituições dinamismos de comunicação, utilizando de maneira avançada as novas tecnologias da informação e comunicação. Acrescentou-se que se justifica atribuir muita importância à necessidade de este processo ser muito humanizado, no sentido de não haver exclusão de pessoas e no sentido de as pessoas em geral serem consideradas sempre enquanto tais e nunca como meros instrumentos da digitalização”.

A reunião presidida pelo padre José Baptista, para além dos membros do CES Custódio Oliveira, Canaveira Campos, Jaime Neto e Palmira Macedo, contou ainda com a presença do diretor-executivo da CNIS, João Dias.

Num segundo momento, os especialistas debruçaram-se sobre a questão dos valores, tendo sublinhado cinco deles a partir de dois documentos que estiveram em debate.

“Foram apresentados dois textos relativos aos valores e ficou combinado que vamos continuar o nosso aprofundamento”, comentou Acácio Catarino, que foi o porta-voz da reunião, afirmando: “Tendo em conta o que foi referido parece claro que se identificaram cinco valores fundamentais: o primeiro, é a própria solidariedade, valor típico das instituições, mas nós acrescentámos os adjetivos radical, na medida em que é preciso ir às causas dos problemas, e universal, na medida em que não pode excluir nenhuma pessoa, deve abranger todas as pessoas; o segundo, dar prioridade às pessoas mais carenciadas; em terceiro, a igual dignidade de todas as pessoas; em quarto, o bem comum; e em quinto, o desenvolvimento integral”.

O sociólogo lembrou que “ficaram em aberto algumas questões, porque foram apresentados determinados valores”, mas garantiu que o regresso a esta questão está já agendada para a próxima reunião, agendada para 24 de maio, na sede da CNIS, no Porto.

“Pode dizer-se que foi uma boa reunião, pelo que foi conseguido e também pelas questões que assumidamente ficaram em aberto e que serão retomadas na próxima reunião e nas próximas também”, rematou Acácio Catarino.

 

Data de introdução: 2016-05-05



















editorial

VIVÊNCIAS DA SEXUALIDADE, AFETOS E RELAÇÕES DE INTIMIDADE (O caso das pessoas com deficiência apoiadas pelas IPSS)

Como todas as outras, a pessoa com deficiência deve poder aceder, querendo, a uma expressão e vivência da sexualidade que contribua para a sua saúde física e psicológica e para o seu sentido de realização pessoal. A CNIS...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Que as IPSS celebrem a sério o Natal
Já as avenidas e ruas das nossas cidades, vilas e aldeias se adornaram com lâmpadas de várias cores que desenham figuras alusivas à época natalícia, tornando as...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Adolf Ratzka, a poliomielite e a vida independente
Os mais novos não conhecerão, e por isso não temerão, a poliomelite, mas os da minha geração conhecem-na. Tivemos vizinhos, conhecidos e amigos que viveram toda a...