A tradição de muitos anos habituou-nos a desejar aos nossos amigos um bom natal e um feliz ano novo.
Em tempos não muito remotos, estes votos eram apresentados através de postais alusivos a estas festividades! Porém, as novas tecnologias encontraram outras formas (bem menos personalizadas) de apresentar aos nossos amigos a mesma mensagem.
Para além disso, os próprios governantes aproveitam também a “maré destas festividades”, sobretudo o fim do ano, para lhes fazerem chegar as suas mensagens.
Também por cá, tivemos esse ritual e com algumas originalidades! O Primeiro-Ministro escolheu o cenário de um jardim-escola para anunciar o valor que o Governo vai conceder à educação e ao conhecimento. Apesar de ter sido lido como um “recado” aos partidos de apoio ao governo e aos sindicatos (o que é, decididamente, curto), se este voto se traduzir em medidas políticas que constituam verdadeiras oportunidades para a qualificação de muitas centenas de milhar de adultos que não concluíram a escolaridade obrigatória, abençoados votos!
O Presidente Marcelo também se fez aparecer, substituindo o registo dos afetos pela marcação ao Governo, exigindo mais economia!
Da parte do Vaticano, o Papa Francisco anunciou ao mundo a seguinte mensagem: “Não violência: estilo de uma política para a Paz”. Ou seja, no decurso da sua mensagem, são mais que muitas as reflexões produzidas, como, entre outras, as seguintes: “a paz é um desafio a construir a sociedade, a comunidade ou as empresas cujos responsáveis devem dar provas de misericórdia, recusando-se a descartar as pessoas, a danificar o meio ambiente e querer vencer a todo o custo”.
Também o novo Secretário Geral das Nações Unidas, Eng. António Guterres, pediu ao mundo que se empenhasse na Causa da Paz, apelando ao valor da DIGNIDADE, DA ESPERANÇA, DO PROGRESSO E DA SOLIDARIEDADE.
Afirmou ainda: “ TODOS DEPENDEMOS DA PAZ E A PAZ DEPENDE DE NÓS TODOS “.
Numa primeira leitura, todas estas reflexões podem ser lidas como “lugares comuns”! Porém, pensando melhor, podemos encontrar neles linhas programáticas do maior alcance que poderão condicionar o nosso presente e futuro coletivos.
Pe. José Maia
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