Os hospitais do sector público administrativo aumentaram ligeiramente o número de consultas e cirurgias em 2004, mas demonstraram incapacidade em cobrar os serviços prestados, revela uma avaliação do Ministério da Saúde.
Os dados revelam ainda que, considerando os períodos entre Janeiro e Dezembro de 2003 e de 2004, os 58 hospitais do designado Sector Público Administrativo (SPA) registaram um saldo financeiro positivo (89 milhões de euros). Porém, este foi maioritariamente obtido à custa de transferências correntes, no valor de 2.385 milhões de euros, provenientes nomeadamente dos orçamentos rectificativos.
Dado que este valor entra na contabilidade dos hospitais como uma receita cobrada, o total desta registou um aumento de 51,4 por cento de 2003 para 2004, atingindo os 2.545 milhões de euros.
No que toca à evolução da despesa, os 58 hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que mantiveram inalterado o seu modelo de gestão - ao contrário das unidades de saúde transformadas em Sociedades Anónimas e, posteriormente, em Entidades Públicas Empresariais -, registaram um aumento de custos de 6,2 por cento entre 2003 e o ano passado, de 2.313 milhões de euros para 2.455 milhões de euros.
A rubrica da despesa com maior crescimento é relativa a "Outras despesas com pessoal" (54,9 por cento) na qual se incluem, segundo fonte do Ministério da Saúde, os contratos individuais de trabalho entretanto celebrados.
Relativamente à actividade prestada, as unidades de saúde SPA registaram um aumento de 6,2 por cento nas consultas realizadas, de 2003 para o ano passado, tendo atingido os quatro milhões de atendimentos.
O número de primeiras consultas também aumentou ligeiramente (cinco por cento), de 954.285 para 1.002.341, bem como as intervenções cirúrgicas (0,5 por cento), de 254.105 para 255.266.
Data de introdução: 2005-08-17