É sabido que as IPSS que têm a seu cargo pessoas de idade, nas mais diversas respostas sociais para a terceira idade, uma parte importante do serviço passa pelas questões da saúde ou, melhor dito, da doença.
Com populações idosas, cada vez mais idosas e, naturalmente, bastante necessitadas de cuidados médicos, as instituições apostam cada vez mais na formação das suas equipas de trabalho na área da saúde.
Nesse sentido, a Fundação Betânia decidiu investir no programa de formação de utilização de DAE – Desfibrilhador Automático Externo.
Nesta formação participaram 20 profissionais, dentre ajudantes de Ação Direta, diretora de Serviços, enfermeiras e coordenadores dos principais setores de atividade da instituição.
A aposta pareceu clara para os responsáveis da IPSS de Bragança. “As doenças cardiovasculares são uma causa que se destaca na mortalidade das populações e a utilização de DAE por pessoal não médico aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência das vítimas”, referiu Paula Pimentel, diretora de Serviços, justificando a realização da formação.
Em agosto de 2009 foi publicado um decreto-lei que estabelece as regras a que se encontra sujeita a prática de atos de DAE por pessoal não médico, bem como a instalação e utilização de desfibrilhadores automáticos externos no âmbito do SIEM – Sistema Integrado de Emergência Médica. Já em 2012 houve alterações à lei, com a recomendação de instalação de DAE também em IPSS e Unidades de Saúde.
Para tal, há que cumprir uma série de requisitos, desde logo, a existência de um responsável médico pelo equipamento DAE e de trabalhadores em número suficiente para que possam satisfazer as 24 horas por dia de funcionamento da IPSS.
“Tratando-se de um local de acesso ao público, a existência deste programa faz todo o sentido, pois, para além de acolhermos um grande número de pessoas, integramos um quadro de pessoal numeroso e ainda recebemos, diariamente, muitos visitantes”, defende Paula Pimentel, acrescentando: “Foi, sem dúvida, um excelente programa de formação em DAE, ficando a instituição e os trabalhadores que frequentaram o programa registados no INEM, tendo necessidade agora de renovar a formação daqui a dois anos”.
O Programa de Formação foi ministrado pela Staying Alive - Formação e Serviços de Emergência Médica em parceria com a Plano Saúde/Enfarte, tem a acreditação da American Hearth Association e a certificação do INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica.
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