A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, desvalorizou as queixas dos sindicatos relacionadas com o aumento dos horários escolares e disse não compreender em que é que a alteração da carga horária pode prejudicar os alunos. Em causa está a reorganização da componente não lectiva dos professores, que os obriga a passar mais horas nas escolas, para lá do tempo de aulas, medida que está a gerar algum descontentamento entre os docentes.
"Penso que nenhum professor pensa isso e não consigo entender a lógica de se dizer que o facto de os professores estarem mais tempo nas escolas com os seus alunos os prejudica", afirmou.
A responsável pela pasta da Educação falava aos jornalistas em Vila Nova de Cacela, à margem de uma visita realizada ao agrupamento de escolas daquela freguesia do concelho de Vila Real de Santo António.
Segundo declarações proferidas segunda-feira pelo secretário-geral da federação sindical FENPROF, Paulo Sucena, o alargamento da carga horária previsto para este ano lectivo significa "a degradação da qualidade do ensino, o abastardamento do perfil profissional do professor e a desvirtuação da escola enquanto espaço pedagógico".
"Não é verdade, não posso aceitar e penso que ninguém compreende", sublinhou a ministra da Educação, observando que é necessário perceber o que devem ser as prioridades no ensino.
13.09.2005
Data de introdução: 2005-09-23