COVID-19 - TESTEMUNHO UDIPSS ÉVORA

Luz ao fundo do túnel?

Com o intuito de traçar um retrato da situação das IPSS a nível nacional perante a pandemia do novo coronavírus, fica o testemunho dos responsáveis pelas diversas estruturas intermédias da CNIS.
Assim, aos dirigentes das Uniões Distritais e das federações da área da Deficiência que integram a CNIS foram colocadas duas questões sobre o momento atual.

TIAGO ABALROADO, UDIPSS Évora.

1 – Que balanço faz da pandemia nas IPSS do distrito?

"Felizmente no distrito de Évora não houve registo de casos de Covid-19 em utentes das IPSS. A UDIPSS Évora acompanhou de perto, desde o primeiro momento, toda a ação preventiva levada a cabo quer pelas instituições quer pelos vários parceiros, mediando, apoiando e dando suporte na elaboração dos planos de contingência, na partilha regular de informação legislativa e de orientações da DGS e do Governo, no processo de identificação dos estabelecimentos destinados a filhos de profissionais de primeira linha, na adoção de medidas concretas de prevenção, na canalização e partilha de equipamento de proteção individual e na sensibilização dos profissionais e dos dirigentes para os procedimentos a adotar em cada momento e em cada situação. Ao longo deste período pandémico, a União tem mantido também uma ligação muito estreita e de base diária com os vários atores sociais do território, designadamente com o Centro Distrital da Segurança Social, com as estruturas distritais da União das Misericórdias, da União das Mutualidades e da CONFECOOP, com a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, com o Centro de Comando Distrital da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, com a Administração Regional de Saúde do Alentejo e com a Arquidiocese de Évora, contribuindo, deste modo, para a concertação entre todas estas forças vivas nos processos preventivo e reativo".

2 – Como perspetiva o futuro próximo?

"Encaramos com naturalidade e serenidade o período de desconfinamento gradual que agora se vai iniciar, sabendo, à partida, que é inevitável termos de aprender a viver com a Covid-19 e que isso implicará, forçosamente, por parte de todas as instituições, dos seus dirigentes, trabalhadores, voluntários, utentes e visitantes um esforço muito sério na adoção e no reforço de medidas de segurança efetivas. Preocupa-nos particularmente que não tenha, até ao momento, sido apresentado pelo Governo qualquer plano de desconfinamento para os Centros de Dia. Importa ter presente que no Alentejo mais de 80% dos utentes que frequentam esta resposta social vivem sozinhos e muitos deles não têm retaguarda familiar nem redes de vizinhança, sendo os trabalhadores das instituições os únicos rostos que veem ao longo de todo o dia. Começam, por isso, a registar-se alguns casos de depressão e de ansiedade bem como a ocorrência de alguns incidentes nos domicílios que nos preocupam. Seria por isso, a nosso ver, fundamental dar a estas pessoas uma luz ao fundo do túnel".

 

Data de introdução: 2020-05-07



















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