Com o intuito de traçar um retrato da situação das IPSS a nível nacional perante a pandemia do novo coronavírus, fica o testemunho dos responsáveis pelas diversas estruturas intermédias da CNIS.
Assim, aos dirigentes das Uniões Distritais e das federações da área da Deficiência que integram a CNIS foram colocadas duas questões sobre o momento atual.
JOAQUIM GUARDA, UDIPSS Leiria.
1 – Que balanço faz da pandemia nas IPSS do distrito?
"Neste final de abril, a UDIPSS Leiria faz uma análise tranquila e positiva do que tem acontecido nas IPSS do distrito, pois as situações mais angustiantes em relação à Covid-19 estão neste momento controladas. Numa análise mais longe dos casos de Covid-19, mas mais próxima de quem não baixou os braços e continuou a trabalhar, as angústias e os medos levaram a uma pressão e a um desgaste emocional capaz de deitar abaixo qualquer profissional, como os podemos ajudar? Os Municípios e a Proteção Civil têm sido um apoio incansável e fundamental para a proteção e segurança dos utentes e profissionais, mas também muitos privados têm colaborado. Obrigado! Precisamos de continuar assim, mas também precisamos de começar a voltar à normalidade e isso significa a reabertura de outras respostas socais. Poderá ser cedo, mas temos um caminho a percorrer e as nossas instituições vão continuar a precisar de apoios e, acima de tudo, vão precisar de sustentabilidade, de medidas preventivas para os profissionais, de EPI… Mas mais importante do que iremos precisar (porque para estarmos em serviço temos que estar em segurança e com as devidas medidas de contingência), é saber como e a quem todos os custos acrescidos de trabalho suplementar, de equipamentos, de trabalho especializado serão imputados".
2 – Como perspetiva o futuro próximo?
"Perspetivar o futuro numa altura desta não é possível, desenhar cenários é difícil, definir medidas é incerteza, mas uma coisa é certa: as nossas IPSS vão precisar de apoios e alguns deles mediante a antecipação de apoios devidos à data de hoje. Isto é o que sabemos para hoje, mas a incerteza do dia de amanhã pode-nos obrigar a refletir sobre os pressupostos que hoje indicamos. Uma incerteza temos é que aquilo que estamos a receber de apoios hoje é insuficiente para aquilo que temos que fazer amanhã".
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