Com o intuito de traçar um retrato da situação das IPSS a nível nacional perante a pandemia do novo coronavírus, fica o testemunho dos responsáveis pelas diversas estruturas intermédias da CNIS.
Assim, aos dirigentes das Uniões Distritais e das federações da área da Deficiência que integram a CNIS foram colocadas duas questões sobre o momento atual.
EDUARDO MOURINHA, UDIPSS Santarém.
1 – Que balanço faz da pandemia nas IPSS do distrito?
"Do conhecimento e acompanhamento que os serviços da União tem estado a fazer junto das associadas, e em contacto permanente com a Segurança Social, no distrito de Santarém tem-se verificado uma certa acalmia nas instituições, apesar de, ali e além, ter havido poucos casos positivos. Comparativamente a alguns distritos, a situação tem sido, até ao final de abril, relativamente calma, felizmente. Nesta altura, nas ERPI do distrito estão a ser feitos testes aos trabalhadores das instituições. Se há algum caso positivo, então, serão feitos testes aos utentes. Preocupa-nos que os trabalhadores das IPSS da área da Deficiência, e as que têm apenas SAD e Serviço de Apoio Domiciliário, não estão a ter o mesmo tratamento que a resposta de ERPI e, entretanto, tive conhecimento que esses trabalhadores ficaram para uma segunda fase, que não se sabe quando começará, sabendo que o número desses trabalhadores é muito significativo".
2 – Como perspetiva o futuro próximo?
"Temos vindo a aperceber-nos que há algumas preocupações por parte dos pais no que diz respeito às condições de funcionamento das respostas sociais da área da infância. Alguns afirmam que não vão enviar os seus filhos até ao fim de setembro, remetendo para a Segurança Social comunicações sobre esta preocupação. Prevê-se que os Lares ainda levem algum tempo abrir as suas portas aos familiares dos utentes, estando alguns dos idosos, pelo menos aqueles que estavam habituados a visitas com periocidades curtas, a sentirem essa falta e a entrarem em situações de angústia. No que diz respeito às reaberturas dos centros de dia, CAO, CATL e outras respostas sociais, espera-se, com alguma expetativa, o evoluir dessas situações, pelo que devem acontecer paulatinamente e com muito bom senso".
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