COVID-19 - TESTEMUNHO UDIPSS VISEU

Luz ao fundo do túnel?

Com o intuito de traçar um retrato da situação das IPSS a nível nacional perante a pandemia do novo coronavírus, fica o testemunho dos responsáveis pelas diversas estruturas intermédias da CNIS.
Assim, aos dirigentes das Uniões Distritais e das federações da área da Deficiência que integram a CNIS foram colocadas duas questões sobre o momento atual.

JOSÉ COSTA, UDIPSS Viseu.

1 – Que balanço faz da pandemia nas IPSS do distrito?

"A UDIPSS Viseu é constituída por 150 associadas que cobrem os 24 concelhos do distrito de Viseu. Pela formação que tem sido dada a dirigentes, diretoras técnicas e cuidadoras, estas instituições têm recursos humanos qualificados e determinados. As nossas instituições souberam lidar com os problemas que a pandemia trouxe, mesmo as três onde o novo coronavírus entrou, pese o facto da dificuldade na aquisição de material de proteção e de contratação de recursos humanos. Houve dois fatores que levaram a que o vírus não se espalhasse rapidamente pelas nossas instituições: um foi o facto de fecharem ao exterior as instituições ainda antes da determinação nacional; o outro foi a criação de dois grupos de trabalho que se alternavam, diminuindo os fatores de risco a metade. De salientar o enorme risco de vida das cuidadoras e dos seus familiares que, diariamente, trataram com o mesmo carinho e competência os seus utentes".

2 – Como perspetiva o futuro próximo?

"O próximo futuro das IPSS apresenta-se muito difícil. Por um lado, a sustentabilidade financeira está em risco com o aumento da despesa a que estão obrigadas para adaptar os seus espaços físicos à nova realidade, a aquisição dos produtos de proteção para os seus utentes e trabalhadores. Por outro lado, as comparticipações da Segurança Social, nas diversas respostas sociais, têm de ter em consideração estas novas realidades, pois de outra forma haverá muitas instituições que terão de encerrar as suas portas. Depois, o desconfinamento vai trazer responsabilidade acrescida aos dirigentes, aos diretores técnicos e aos trabalhadores, os quais têm sido uns heróis nesta pandemia desconhecida. E também vai obrigar a procederem a adaptação dos seus Planos de Contingência. As IPSS sempre souberam responder aos desafios que ao longo dos tempos têm surgido e continuarão a lutar pelo bem-estar dos seus utentes, hoje e sempre".

 

Data de introdução: 2020-05-07



















editorial

VIVÊNCIAS DA SEXUALIDADE, AFETOS E RELAÇÕES DE INTIMIDADE (O caso das pessoas com deficiência apoiadas pelas IPSS)

Como todas as outras, a pessoa com deficiência deve poder aceder, querendo, a uma expressão e vivência da sexualidade que contribua para a sua saúde física e psicológica e para o seu sentido de realização pessoal. A CNIS...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Que as IPSS celebrem a sério o Natal
Já as avenidas e ruas das nossas cidades, vilas e aldeias se adornaram com lâmpadas de várias cores que desenham figuras alusivas à época natalícia, tornando as...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Adolf Ratzka, a poliomielite e a vida independente
Os mais novos não conhecerão, e por isso não temerão, a poliomelite, mas os da minha geração conhecem-na. Tivemos vizinhos, conhecidos e amigos que viveram toda a...