O presidente da CNIS visitou o Hospital Compaixão, em Miranda do Corvo, uma estrutura que ainda aguarda entrar em funcionamento, tendo já estado disponível para ajudar no combate ao novo coronavírus, mas que o Estado insiste em descurar.
“Importa que o Estado aproveite este hospital, através de acordos de cooperação com a Fundação ADFP, porque amanhã estará a chegar mais longe, a mais pessoas, com respostas de saúde e com menos custos”, afirmou o padre Lino Maia.
Acompanhado por Jaime Ramos, presidente do Conselho de Administração da Fundação ADFP, e pelo gestor Carlos Filipe Fernandes, o presidente da CNIS visitou os três pisos e o terraço do Hospital Compaixão, referindo ainda que “haveria benefícios palpáveis para a população, pois haverá menos deslocações e também para o Estado, com serviços de qualidade que este equipamento o assegura”.
Para Lino Maia, “assim, ficará menos gente para trás”, porque “há ainda uma outra preocupação importante que é o da criação de novos postos de trabalho, fixando jovens, o que beneficiará inequivocamente a atividade económica não só do concelho, mas de todo esta região do interior”.
Quando se assiste à desertificação de tantas comunidades do interior de Portugal, para o líder da CNIS, tudo o que se possa fazer, e com qualidade, para fixar população é essencial: “Respostas com esta qualidade não abundam e as que existem estão longe, nas cidades do litoral. Um euro aplicado aqui via acordos de cooperação será multiplicado por quatro. Espanta-me esta situação e não sei se é um caso de excesso de burocracia ou de má vontade para não celebrar um acordo de cooperação”.
O padre Lino Maia sublinhou ainda que, em tempo de Covid-19, “foram adiados muitos serviços, consultas e operações e, mesmo agora, não se estão a encontrar condições para resolver esses adiamentos, quando há aqui um hospital com equipamento de topo, que está pronto e sem abrir há mais de um ano”.
Não há inqueritos válidos.