Em ano de constantes confinamentos, limitações e cuidados (relacionados com a pandemia da Covid-19), a Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) decidiu elaborar um guia prático com um conjunto de indicações relacionadas com a forma mais adequada de todos lidarem com as pessoas que, por um qualquer motivo, têm diferentes características daquelas que são consideradas “normais” (ou norma).
«Eliminar barreiras, Mudar atitudes» é o título de um guia prático para o atendimento e promoção da participação da pessoa com paralisia cerebral. É, também, um guia para a necessária e desejada melhoria de comportamentos e atitudes em relação às pessoas portadoras de deficiência(s).
O guia – composto por informação escrita, visual e auditiva – dá a conhecer procedimentos a adotar, legislação relevante, fontes de informação e outros documentos de consulta eventualmente importante.
O guia «Eliminar barreiras, Mudar atitudes» é constituído por uma abordagem do que é a paralisia cerebral, atitudes fundamentais, atitudes específicas de acordo com défices específicos que poderemos encontrar em pessoas com paralisia cerebral e/ou noutro tipo de deficiências, atitudes de civismo e outras considerações que poderão ser mais específicas (de acordo com os serviços utilizados).
Além de informar, o guia pretende contribuir para formar, para que todos e cada um de nós possa ser um verdadeiro agente de inclusão no seu círculo social e profissional.
Além do documento (em versão digital), a APPC também elaborou um conjunto de vídeos educativos. Estes apresentam situações práticas e do dia-a-dia, sendo os atores, também eles, elementos da APPC e da sua companhia “Era uma vez... Teatro”.
Abílio Cunha, responsável pela Associação do Porto de Paralisia Cerebral, destaca a importância deste tipo de documentos “pela evidente necessidade de se sensibilizar ainda uma parte considerável da sociedade”.
“Convém não esquecer tudo o que ficou definido em termos de Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, documento já há alguns anos adotado em Portugal”, refere, recordando que “ainda nem todos se lembram do imperioso respeito pela dignidade inerente, pela autonomia individual e independência das pessoas”.
Da autoria do serviço APPC Participação, o guia foi cofinanciado pelo Programa de Financiamento a Projetos pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, IP e contou com as colaborações de Vasco André dos Santos (edição de vídeos), da ilustradora Marisa Silva e de da interpretação de Língua Gestual Portuguesa por Ana Magalhães.
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