As despesas com protecção social em Portugal representaram 25,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2002, abaixo da média da União Europeia, segundo dados do gabinete de estatísticas da UE, agora divulgados.
As despesas de protecção social representaram em média 27,7 por cento do PIB da União Europeia a 25 em 2002, contra os 27,3 por cento de 2001, refere o Eurostat, acrescentando que continuam a existir grandes disparidades entre os Estados-membros.
Em Portugal, as despesas com protecção social (que incluem as prestações sociais, despesas de funcionamento e outras despesas dos regimes de protecção social) representaram 24 por cento do PIB, em 2001, e 22,6 por cento, em 2000.
As despesas com protecção social são mais elevadas na Suécia (32,5 por cento), França (30,6 por cento), Alemanha (30,5 por cento) e Dinamarca (30 por cento). Pelo contrário, os países com despesas de protecção social mais baixas são Estónia e Letónia (14,3 por cento em 2001), Lituânia (15,2 por cento em 2001) e Irlanda (16 por cento em 2002).
As pensões representaram em média 48 por cento das prestações sociais nos 25 Estados-membros da União Europeia em 2001. A "fatia" destinada às pensões assumiu particular importância em países como a Polónia (65 por cento das prestações sociais em 2001), Letónia (62 por cento em 2002) e Itália (60 por cento em 2002).
A despesa com pensões representava 11,9 por cento do PIB em Portugal em 2002, abaixo dos 12,5 por cento da União Europeia a 25. A percentagem mais elevada verificou-se na Itália (14,9 por cento), Áustria (14,6 por cento), Alemanha (13,4 por cento) e França (13,2 por cento), enquanto que, pelo contrário, Irlanda (3,6 por cento), Estónia (6,3 por cento em 2001), Lituânia (7,1 por cento) e Eslováquia (7,5 por cento) registaram os valores mais baixos.
Durante o período 1998-2002, as despesas de protecção social por habitante aumentaram em termos reais em todos os Estados-membros, tendo sido mais significativo na Irlanda (8,7 por cento por ano em média), Grécia (6,4 por cento), Portugal (6,1 por cento), República Checa (5,2 por cento) e Luxemburgo (5,1 por cento). O crescimento anual, em média, foi menos notório na Eslováquia (0,6 por cento), Malta (0,7 por cento) e Finlândia (0,8 por cento).
2005.10.20
Data de introdução: 2005-11-03