O número de casamentos em Portugal continuou a baixar pelo sétimo ano consecutivo sendo que em 2005 ocorreram apenas 48.667, número que só tem paralelo com os anos 1940, avança o Diário de Notícias.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que no ano de 1940 se registaram 46.618 casamentos. Desde 1900 até 2005, o ano em que houve maior número de matrimónios (103.125) foi o de 1975, ano da Revolução dos Cravos, a 25 de Abril. Entre 1975 até 2005, registou-se uma redução de 39 por cento no número de casamentos, avança o Diário de Notícias.
A socióloga e autora do livro "Casamento em Portugal", Anália Torres, em declarações ao diário diz que a diminuição do número de
casamentos "terá a ver com o envelhecimento da população" o que
acontece um pouco por toda a Europa.
Para o sociólogo, investigador do Instituto de Ciências Sociais, Pedro Moura, o decréscimo de matrimónios justifica-se por uma "certa descrença no casamento", que se prende com uma "tendência para a individualização e um não comprometimento".
De acordo com a socióloga Anália Torres, o casamento não está em crise, porque muitos dos divorciados voltam a casar. A socióloga refere ainda que "as pessoas têm cada vez mais a partir para uma coabitação e, só depois para o casamento".
Contudo a percentagem de uniões de facto em Portugal é das mais baixas da Europa, significando apenas quatro por cento.
Na União Europeia, um quinto da população adulta (20 por cento) vive em uniões de facto.
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