A linha telefónica de emergência SOS Voz Amiga lançou um apelo à sociedade civil a pedir voluntários para que possa aumentar a capacidade de um serviço que só este ano atendeu 4.341 de pedidos de ajuda.
O Centro SOS-Voz Amiga nasceu em 1978 e foi o primeiro telefone de ajuda em Portugal, tendo atendido até hoje milhares de pessoas com apelos causados pela solidão, pela doença, pela ruptura nas relações familiares, pela toxicodependência e pelos maus-tratos.
Este tipo de serviço, que visa prevenir o suicídio, existe em todo o mundo e funciona com voluntários não profissionais. Segundo Paulo Silva, um dos coordenadores da equipa, a linha de emergência que funciona das 16:00 à meia-noite precisa agora de mais voluntários de forma a estender o tempo de atendimento.
O objectivo, adiantou, é conseguir ter a linha de emergência a funcionar 24 horas por dia pelo que os candidatos poderão inscrever-se no site da organização www.sosvozamiga.org para que possam iniciar um programa de formação que os habilite a participar neste serviço.
Para se ser voluntário é necessário ser maior de idade, morar na área metropolitana de Lisboa e ter a possibilidade de prestar um serviço mínimo de 12 horas mensais.
O SOS-Voz Amiga tem actualmente 40 voluntários inscritos que sob anonimato e confidencialidade atendem chamadas telefónicas de todo o país, procurando diariamente prevenir o suicídio.
Entre 2003 e Outubro de 2006 foram recebidas 21.176 chamadas a maioria das quais relacionadas com solidão, medos, doenças psicológicas e problemas conjugais.
A faixa etária entre os 36 e os 50 anos foi a que mais procurou o serviço nos últimos três anos e segundo dados estatísticos do SOS Voz Amiga são as mulheres que telefonam mais para a linha de emergência.
Entre Janeiro e Outubro de 2006, o serviço recebeu 4.341 chamadas das quais 2.305 (53 por cento) foram feitas por mulheres.
O Centro SOS-Voz Amiga está integrado na IFOTES - Federação Internacional dos Telefones de Ajuda (www.ifotes.org) e os voluntários obrigam-se a respeitar as suas normas.
A confidencialidade, o duplo anonimato (de quem telefona e do voluntário que atende) e a recusa em exercer qualquer pressão religiosa, política ou ideológica são algumas das normas.
14.12.2006
Data de introdução: 2006-12-15