MANUAIS ESCOLARES

Aumento do preço dos livros preocupa os pais

A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) considera "lamentável e preocupante" o aumento do preço dos manuais escolares acima da inflação no próximo ano lectivo. De acordo com as associações, a medida vem prejudicar especialmente as famílias da classe média.

"Os próximos dois anos vão ser mais dois anos de aumento de custos na educação que as famílias têm de suportar, principalmente as famílias de classe média, porque as famílias com baixos rendimentos têm já apoios", disse o dirigente da Confap Fernando Gomes.

A Confap sugere ao Governo "algum acerto no preço dos manuais mais de acordo com o bolso das famílias" considerando que os actuais preços são "muito extrapolados".

Os pais consideram como positivo o facto de o ensino secundário ser, pela primeira vez, considerado na convenção de preços, o que obriga a que o aumento destes livros não possa ser superior à taxa de inflação, quando antes a actualização de preços era livre, cabendo aos editores marcar o que entendessem.

Governo e editores livreiros deverão assinar nos próximos dias um acordo que prevê o aumento do preço dos manuais escolares acima da inflação no próximo ano.

Aumentos máximos de 1,60 euros

Segundo o secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira, os aumentos serão, "no máximo, de 1,60 euros, ou seja, menos de três cafés por ano".

Jorge Pedreira salientou que as únicas famílias a quem estes aumentos podem fazer diferença são as carenciadas, para as quais estão previstos apoios do Estado, já que até ao final da legislatura o Governo quer comparticipar totalmente a aquisição de manuais por estas famílias, o que será feito de forma gradual, no âmbito do apoio social escolar.

O secretário de Estado da Educação justificou estes aumentos com a pressão realizada pelas editoras, que se têm queixado de que o preço dos manuais escolares sofreu, nos últimos cinco anos, aumentos médios "claramente inferiores à inflação".

"As editoras queriam aumentos bastante superiores, mas conseguimos um acordo que protege os interesses das famílias portuguesas", comentou o governante.

30.08.2007 Fonte: Público

 

Data de introdução: 2007-08-30



















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