O Presidente da República, Cavaco Silva, fez um apelo ao Governo e às autarquias para que "na medida do possível" tenham uma atitude generosa em relação às instituições de solidariedade social. "Os poderes públicos devem, na medida do possível, ter uma atitude generosa em relação a estas instituições", afirmou Cavaco Silva, no final Da visita que fez à Comunidade Vida e Paz, na Venda do Pinheiro, e a Casa de Saúde da Idanha, do Instituto das Irmãs Hospitaleiras.
O Presidente apontou estas duas associações como "bons exemplos" a seguir pela sociedade no apoio "aos mais desfavorecidos e àqueles que sofrem de exclusão extrema". Cavaco Silva salientou que o roteiro para a inclusão lançado em 2006 teve "resultados muito positivos" em várias áreas, mas "ainda há muito, muito para fazer".
O Presidente foi o porta-voz de algum descontentamento dos responsáveis destas instituições, dizendo ouvir queixas de "alguma incompreensão, às vezes, da parte dos poderes públicos" relativamente ao seu trabalho.
Com estas quatro visitas, em "tempo de Natal", Cavaco quer "reavivar" o desafio feito em 2006 "para um compromisso pela inclusão social", e que o levou a fazer quatro roteiros pela inclusão, dedicados a temas tão diferentes como o envelhecimento e o interior, os idosos ou a exclusão meio urbano.
"Temos que nos interrogar sobre o que seria socialmente o nosso país sem a acção destas centenas de instituições de solidariedade social que trabalham com os idosos, deficientes, crianças e em tantos outros domínios", disse.
De manhã, foram duas as instituições visitadas pelo Presidente e a mulher, Maria Cavaco Silva, e que tratam casos de "exclusão social extrema". A primeira, logo pela manhã, foi o Centro da Quinta da Tomada, na Venda do Pinheiro (Mafra), da Comunidade Vida e Paz, que se dedica à recuperação de toxicodependentes e alcoólicos, e a segunda foi a Casa de Saúde de Idanha,
em Belas (Sintra), do Instituto das Irmãs hospitaleiras do Sagrada Coração de Jesus, para mulheres com doença ou deficiência mental.
Nas duas instituições, o Presidente disse querer deixar "uma palavra
de solidariedade" aos seus utentes e "uma palavra de estímulo" aos técnicos
e dirigentes. E fez mais um apelo aos poderes públicos para que "aproveitem" a "capacidade
e a vontade" das pessoas que trabalham nas instituições de solidariedade social.
O Chefe do Estado insistiu que "o combate à exclusão social" não só da responsabilidade do Governo, sendo, antes, "um trabalho de todos".
18.12.2007
Data de introdução: 2007-12-21