A Câmara e a Provedoria Municipal das Pessoas com Deficiência da Lousã anunciaram a apresentação, para breve, de um plano de acção do projecto "Lousã: destino turístico acessível", o primeiro do género em Portugal. Fernando Carvalho, presidente da autarquia, salientou o investimento efectuado no sector do turismo nos últimos anos, referindo que agora quer "agregar o turismo acessível para todos".
"Pretendemos deixar de ter barreiras para aqueles com algumas dificuldades", acrescentou o autarca socialista, que anunciou para este ano alguns investimentos nesta área na apresentação esta tarde do projecto.
"Lousã: destino turístico acessível", cujo plano de acção está em fase de conclusão, "surge como condição de integração das funções humanas do território, para o diferenciar relativamente a Destinos Turísticos concorrentes", de modo a acolher o mercado dos turistas portadores de incapacidade.
O estudo vai definir a oferta de estruturas e serviços turísticos acessíveis a todos e preconiza a constituição de uma Estrutura de Missão que crie as condições para a entidade coordenadora que assumirá o plano de acção.
Na sessão de apresentação do projecto, tomou posse como provedor municipal o antigo presidente da Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã (ARCIL), José Ernesto Carvalhinho, que foi convidado para um segundo mandato de quatro anos.
"O trabalho iniciado merece uma continuação. Na Lousã a integração das pessoas com mobilidade reduzida ou incapacidade é facilitada pelo trabalho da ARCIL, pelo que o avanço nesta área no concelho se deve ao trabalho desenvolvido pela instituição", frisou o provedor.
Presente na cerimónia, a directora do Instituto Nacional para a Reabilitação, Luísa Portugal, afirmou que a "Lousã começa a ser um exemplo, com um percurso muito característico e personalizado, que tem na ARCIL um instrumento muito importante".
"A verdade é que há outras instituições também interessantes e pessoas sensibilizadas noutros locais e noutras comunidades, que não atingiram este nível de quase excelência", sublinhou.
"A Lousã ainda não é completamente um destino turístico acessível mas eu penso que já completaram a parte mais difícil do trabalho que é sermos capazes de falar sobre o preconceito, as discriminações, perceber e valorizar que há pessoas diferentes, trabalhar para inclui-las no dia-a-dia da comunidade", acrescentou.
Foram ainda entregues na sessão 33 selos "Lousã Acessível" a entidades privadas e públicas, que certifica os estabelecimentos que recebem público e possuam condições de acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada.
A Provedoria Municipal das Pessoas com Deficiência da Lousã tem como missão dinamizar a criação de novas situações que favoreçam as pessoas com mobilidade reduzida e dar resposta aos portadores de deficiência para que tenham acessos mais simples e fáceis às entidades públicas e privadas.
12.01.2008
Data de introdução: 2008-01-12