A dialéctica ANTI – PRO

Sei que o título desta crónica pode parecer esquisito. Porém, como tem de haver gostos para tudo, atrevo-me a dar também a provar aos leitores de SOLIDARIEDADE este pedacinho de provocação solidária!

Todos os anos chegam-nos da OCDE aquelas estatísticas sobre um conjunto de variáveis que acontecem em cada país europeu no domínio das várias políticas: educação, emprego, situação social, económica, etc.
Tais dados são sempre dados a conhecer (e bem) pela comunicação social, altura em que um conjunto de “comentadores” são convidados a pronunciar-se sobre esses dados.
É já um ritual, assim uma espécie de “celebração da lamúria”!

Confesso que, no que se refere à situação social do país, mau seria para os portugueses se não houvesse cá no burgo nacional Instituições credíveis capazes de os manter informados, sensibilizados e mobilizados para transformar problemas diagnosticados em propostas de intervenção consubstanciada em medidas concretas e concretizáveis que, se forem viabilizadas, transformarão gradualmente dificuldades em oportunidades!

A própria CNIS publicou um estudo bem documentado sobre esta temática, sem ter de esperar pela OCDE para anunciar aos portugueses que urge inflectir o sentido da marcha do nosso modelo de desenvolvimento, a concepção das políticas sociais, a atitude dos responsáveis pela Administração Central e Local e a urgentíssima descentralização dos Serviços Centrais, a todos os níveis!
Com o devido respeito por quem tem a missão institucional de exercer o direito de ser “anti”…(oposições e outros), gostaria de ver mais gente a colocar-se do lado dos preocupados com o “pró” (com criatividade, propostas concretas, denúncias argutas e persistentes de quem é obstáculo á transformação da sociedade portuguesa numa sociedade de justiça social, onde o direito à igualdade de oportunidades e à protecção social que a própria Constituição consagra como deveres do Estado.

Se fosse prática corrente dar voz a vez na denúncia dos “anti” apenas a quem apresentasse para cada “anti” um “pró” e, como prova dos nove para a garantia da sustentabilidade das propostas apresentadas, mostrar alguma obra feita…talvez se desse um bom contributo à Causa Social!

As IPSS poderão ter aqui um papel estratégico (na denúncia, na proposta e na obra feita e outra muita em lista de espera…) que deverão afirmar.

A “petição sobre os ATL” foi um bom sinal no sentido certo.
Alguns passos mais… serão certamente bem-vindos!

 

Data de introdução: 2008-03-09



















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