O Governo aprovou o reforço dos programas INOV para financiar estágios profissionais a cinco mil jovens por ano e a atribuição de 200 estágios na área da Cultura em empresas ou instituições no estrangeiro. A resolução aprovada no Conselho de Ministros prevê a criação de um programa - INOV-ART - para atribuir 200 estágios profissionais para jovens até aos 35 anos nas áreas das Artes e da Cultura.
O Governo criou igualmente um programa, designado INOV-Vasco da Gama, que visa a qualificação internacional de jovens empresários e quadros de empresas nacionais. O programa prevê a colocação de 150 jovens executivos por ano a estagiar em empresas internacionais.
O Conselho de Ministros aprovou ainda o reforço do programa INOV Jovem, prevendo a colocação de cinco mil jovens licenciados em estágios em pequenas e médias empresas por ano, ao longo de três anos.
O programa INOV-contacto - criado para promover estágios internacionais - será igualmente reforçado para abranger 550 jovens por ano. O apoio público para as iniciativas será de 70 milhões de euros por ano, afirmou o ministro do Trabalho e Solidariedade, Vieira da Silva, em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, realizada três anos após a tomada de posse do Executivo.
Vieira da Silva frisou que a criação dos programas INOV "foi a primeira medida do Governo", e defendeu que hoje, "sendo uma medida emblemática e de enorme significado para a legislatura, pode ambicionar ter um impacto mais significativo na vida dos jovens e das empresas".
Presente na conferência de imprensa, o ministro da Cultura, António Pinto Ribeiro, destacou a criação do programa INOV-ART como forma de "qualificar as pessoas que intervém nas indústrias criativas". "Trata-se de um programa de estágios profissionais para serem realizados fora do país para jovens com idades até aos 35 anos que tenham talentos e queiram aproveitar essa oportunidade para se profissionalizarem", afirmou.
Os estágios, que terão uma duração de cerca de nove meses, podem ser realizados em "fundações, companhias de teatro, locais de realização de cinema, sítios onde se escrevam guiões, ateliers de design, ateliers de arquitectura", entre outros, afirmou.
O programa, disse, insere-se "nos eixos centrais da política da cultura em Portugal, a língua, o património, as artes e as indústrias criativas". O ministro afirmou que o programa, que abrange também as "áreas da gestão" das indústrias de "suporte da actividade criativa" é "para se repetir e continuar".
12.03.2008
Data de introdução: 2008-03-12