Câmara de Famalicão vai realojar 30 famílias de etnia cigana

A Câmara Municipal de Famalicão adjudicou a obra para a construção da Urbanização das Bétulas, um projecto que prevê o realojamento das 30 famílias ciganas, num total de 135 pessoas, próximo do local onde actualmente vivem em barracas.

A empreitada que prevê um investimento de 1,7 milhões de euros foi entregue ao consórcio constituído pelas empresas Inmetro Construções, Lda e ABB – Alexandre Barbosa Borges, SA, tendo um prazo de execução de um ano. A construção, com financiamento assegurado pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), deverá começar logo que tenha o respectivo visto do Tribunal de Contas, o que deverá ocorrer ainda neste semestre. Se tudo decorrer normalmente, “a obra poderá arrancar ainda durante o primeiro semestre deste ano”, como referiu o presidente da Câmara Municipal.

A Urbanização das Bétulas – assim designada pelo facto de o plano de arborização do conjunto habitacional contemplar a plantação de várias espécies de bétulas – ficará situada a sul da estação ferroviária, a pouca distância do local onde se encontram as actuais barracas a demolir, estando, deste modo, garantida a integração social das famílias a realojar.

O projecto contempla a construção de 30 habitações (três T1, oito T2, treze T3 e seis T4), distribuídas por oito blocos de quatro pisos. Dois dos primeiros pisos de um bloco destinam-se à instalação de uma unidade municipal de acção social.

Para Armindo Costa, este é um projecto de grande importância para a cidade e para o concelho: “É o ponto de partida para a requalificação urbanística da zona poente da cidade, significando também o fim das barracas na cidade, o que será um passo histórico em Famalicão.”
Com esta intervenção, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai resolver em definitivo o problema social das famílias de etnia cigana que vivem no chamado “Bairro da Estação”, desde 1974, altura em que aí foram instaladas a título provisório – que se manteve até hoje – pela então Comissão Administrativa que geria a autarquia, liderada por Pinheiro Braga.

Depois de ter estudado várias alternativas para o realojamento desta comunidade, a Câmara Municipal outorgou, em 30 de Abril de 2004, um contrato promessa de compra e venda de um terreno com a área de 2.336 m2, sito na Rua Joaquim de Azuaga, na freguesia de Calendário, próximo da Estação Ferroviária, pelo valor de 1.072.400 euros, destinado à edificação de uma urbanização para receber as famílias ciganas.
Depois da conclusão deste projecto, a área onde estão implantadas as barracas será utilizada pela Refer – Rede Ferroviária Nacional, para ali construir um interface rodo-ferroviário com parque de estacionamento e uma zona comercial.

 

Data de introdução: 2008-03-13



















editorial

2025: A ESPERANÇA NÃO ENGANA?

O ano 2025 já segue o seu curso e a esperança não pode enganar… Agora é tempo das decisões. Decisões que já tardam porque a imprevisibilidade agrava a insustentabilidade…

Não há inqueritos válidos.

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Imigração: O exemplo tem que vir de cima
Um velho provérbio diz-nos que quem está mal, muda-se. É o que fazem milhões de pessoas em todo o mundo, há séculos a esta parte. São muitos, mas não...

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Um Ano Novo vem aí!
Nas duas últimas semanas, circularam mensagens de Boas Festas, muitas delas simplesmente impressas sem sequer terem a assinatura do remetente e algumas até sem palavras mais personalizadas.