ESTUDOS EUROPEUS

Problema da droga não teve melhoras

O consumo e o tráfico de drogas não baixaram no período de 1998 a 2007, segundo uma avaliação feita por organismos da União Europeia. A conclusão é secundada por outro balanço das Nações Unidas sobre o tema. O caso de Portugal é um dos estudados no relatório europeu, que conclui ter havido globalmente uma tendência para menor consumo e tráfico de drogas nos países ricos e um aumento nos países em desenvolvimento.

Face aos outros, os dados portugueses indicam ter havido um ligeiro aumento das detenções por posse e/ou tráfico de substâncias ilícitas entre 1998 e 2005. As duas situações repartem-se quase equitativamente, ao contrário da maior parte dos outros países.

Já segundo as Nações Unidas, a produção de cocaína manteve-se praticamente inlaterada na última década, em cerca de 900 toneladas por ano. Mas diminuiu a superfície cultivada, com as melhorias agrícolas permitindo multiplicar as colheitas. Panorama diferente é o do ópio, com 2008 a registar o dobro da produção de 1998, devido ao aumento de plantações de papoilas no Afeganistão. Também aumentaram consideravelemnte as drogas sintéticas.

Pior está igualmente a criminalidade associada à droga, que representa um mercado de 320 mil milhões de dólares. Segundo a ONU, 4,9% da população mundial dos 15 aos 64 anos admite consumir pelo menos uma vez por ano.


O caso de Portugal é um dos estudados no relatório europeu, que conclui ter havido globalmente uma tendência para menor consumo e tráfico de drogas nos países ricos e um aumento dos mesmos nos países em desenvolvimento. O nosso país foi um dos 18 casos em análise e, face aos outros, os dados indicam ter havido um ligeiro aumento das detenções por posse e/ou tráfico de substâncias ilícitas entre 1998 e 2005. As duas situações repartem-se quase equitativamente, ao contrário da maior parte dos outros países, em que pesam muito mais as detenções por posse (Hungria, com 91,7% e Suécia com 86,6%) ou então as detenções por tráfico (casos da República Checa , com 92% e da Holanda com 68,8%).

Num outro relatório ontem divulgado, as Nações Unidas constatam que as plantações de papoilas no Afeganistão para produção de ópio dispararam na última década. Segundo a ONU, durante este período foi contido o problema de consumo de drogas mas agravou-se o crime associado às drogas. Os produtores de coca ou de ópio recebem entre 1% a 2% do valor a que as drogas chegam ao consumidor.

Fonte: Jornal de Notícias

 

Data de introdução: 2009-03-12



















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