A casa de Coimbra da associação Acreditar está pronta desde Fevereiro, mas não pode abrir por não ter ainda acessos. Autarquia justifica atrasos com a interligação de obras do novo Hospital Pediátrico e aguarda solução para breve.
A obra da casa que vai alojar crianças com cancro está concluída desde Dezembro e totalmente equipada desde Fevereiro. "Já tínhamos, por esta altura, imaginado fazer a inauguração, mas ainda faltam os acessos", explica a directora-geral da Acreditar, Margarida Cruz. Actualmente só é possível chegar ao edifício através de um caminho irregular de terra batida, junto à obra do novo hospital. "É um cenário que não permite abrir já, até porque muitos dos utentes têm dificuldades de mobilidade", lembra Margarida Cruz. Falta, segundo a associação, um acesso provisório, enquanto o novo Hospital Pediátrico não fica concluído.
A associação tem-se multiplicado em contactos com a Câmara Municipal de Coimbra para arranjar uma solução. A directora-geral afirma que, na altura em que a casa ficou pronta a ser habitada, estava muito mau tempo, o que dificultava os trabalhos. "A única informação que tivemos depois disso era a dificuldade em compatibilizar os estaleiros, uma vez que pertencem a obras diferentes. Mas há a possibilidade de realizar a inauguração em Maio, que foi a última indicação que nos foi dada", sublinha.
O edifício, que está pronto para alojar 20 crianças com cancro internadas no Hospital Pediátrico (devidamente acompanhadas pelos pais ou por outros adultos) já teve duas datas de inauguração. Inicialmente estava planeado abrir a 15 de Fevereiro, mas a chuva levou a que se remarcasse a abertura para 19 de Março. No entanto, a casa ainda aguarda a abertura das portas. "Está tudo pronto para abrir e espero que seja em Maio", diz Margarida Cruz.
Contactado pelo JN, o vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra e vereador da Gestão Urbanística, João Rebelo, afirma não haver mais novidades relativamente ao que já foi dito anteriormente.
"Já expliquei várias vezes que há três obras interligadas, pertencentes a três entidades distintas. E há outros condicionalismos, até porque há água e energia metidas", justifica.
Garante ainda que é desejo do executivo "que a obra esteja pronta para ontem, mas só se tem acelerado o que é possível".
Fonte: Jornal de Notícias
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