Os idosos portugueses com mais de 65 anos são menos saudáveis do que os austríacos, belgas, italianos, finlandeses, alemães ou suecos, revela um estudo publicado na revista médica The Lancet. No estudo, uma equipa do Centro de Investigação Dinamarquês do Envelhecimento sustenta que o bom estado de saúde dos mais velhos varia consoante o país ou mesmo a região.
Na Europa, por exemplo, a proporção de idosos com mais de 65 anos em bom estado de saúde aumentou em países como Àustria, Bélgica, Itália, Finlândia, Alemanha e Suécia, ao passo que em Espanha estagnou. Já em Portugal e na Holanda, diminuiu a quantidade de pessoas com mais de 65 anos que chega a esta idade sem nenhum problema de saúde.
A possibilidade de se viver mais anos e de se ter uma saúde melhor deve-se, segundo os investigadores, a avanços como diagnósticos atempados de algumas doenças, maior eficácia dos tratamentos e menor prevalência de algumas incapacidades que afectam faculdades diárias imprescindíveis, como vestir, tomar banho, fazer a comida ou apanhar um transporte público.
Os investigadores advogam que pode ser benéfico para a saúde o prolongamento da actividade laboral, desde que seja reduzida a carga horária semanal de trabalho. "Há evidências que indicam que, com uma menor carga semanal mas com uma vida laboral maior, poder-se-á aumentar a esperança de vida e melhorar a saúde da população", explica a equipa de cientistas, coordenada pelo professor Kaare Christensen.
Data de introdução: 2009-10-02