O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), padre Lino Maia, manifestou o desejo de que o novo Governo "conheça, reconheça e apoie o sector", considerando "importante" que tal suceda. "Sempre houve muito apoio do ministro [do Trabalho e da Solidariedade Social] Vieira da Silva e o desejo é que continue, independentemente de quem for ministro", disse à Agência Lusa o padre Lino Maia, que prometeu ao novo Governo "uma postura de lealdade, colaboração e diálogo".
A direcção da CNIS reúne sexta-feira ao final do dia em Fátima, tendo na ordem de trabalhos, entre outros assuntos, o momento político actual e a situação das instituições de solidariedade social, explicou o responsável. Segundo o padre Lino Maia, a sustentabilidade das instituições vai ser objecto de análise.
"A crise está a ser bem enfrentada pelas instituições de solidariedade, mas temos de estar atentos", referiu, admitindo a existência de casos de entidades com dificuldades.
De acordo com o responsável, "tem havido uma diminuição significativa das comparticipações dos utentes por causa da crise, do desemprego e do endividamento", situação que ocorre, sobretudo, com a frequência de crianças. "No caso dos utentes que são idosos não se nota tanto porque a sua comparticipação está indexada à reforma", esclareceu, acrescentando, por outro lado, "o aumento de pedidos de apoio extraordinário" às instituições de solidariedade.
O presidente da direcção da CNIS afirmou que, para além do serviço aos utentes, "há gente que recorre às instituições para o fornecimento de refeições, devido ao endividamento e que pedem ajuda para empregar pessoas".
O plano de actividades para 2010 e a avaliação da "festa e da chama da solidariedade" vão também ser abordadas na reunião da direcção da CNIS.
A CNIS congrega cerca de 2.700 instituições de solidariedade, que apoiam meio milhão de pessoas.
Data de introdução: 2009-10-08