A Comissão Europeia publicou hoje o Relatório Conjunto sobre o Emprego onde define como "principal desafio" para os 27 nesta área a recuperação "sustentável" do mercado de trabalho com a criação de "novos e melhores" empregos. "As medidas e o apoio coordenados a nível da União Europeia e dos Estados Membros contribuíram significativamente para a estabilização das economias e para travar o aumento do desemprego em 2009", sustentou o presidente da Comissão Europeia.
Para José Manuel Durão Barroso, "importa agora evitar que se percam ainda mais postos de trabalho e recriar os que se perderam com a crise". Segundo o relatório conjunto, as medidas de resposta à crise e o apoio financeiro da UE contribuíram para atenuar os impactos negativos da recessão nos mercados de trabalho dos 27 em 2009. No entanto, adverte Bruxelas, para que a saída da crise seja bem sucedida, estas medidas têm de ser coerentes com as reformas a longo prazo no domínio do emprego.
O Relatório Conjunto sobre o Emprego faz uma análise das medidas tomadas em toda a UE para preservar os postos de trabalho e para ajudar as pessoas em dificuldades, identificando os desafios que ainda se levantam. O documento recorda que em consequência da grave deterioração dos mercados de trabalho provocada pelo abrandamento económico em 2009, prevê se que o desemprego continue a crescer no próximo ano em todos os países da UE, embora a um ritmo mais lento.
A Comissão Europeia espera uma retoma económica gradual nos próximos dois anos, mas os mercados de trabalho levarão mais tempo a reagir. Por outro lado, a Comissão Europeia conclui que certos grupos populacionais foram atingidos de forma particularmente violenta, como os jovens, os migrantes e os trabalhadores pouco qualificados.
Os sistemas de protecção social provaram a sua eficácia, segundo Bruxelas, com os "estabilizadores automáticos" a amortecer os impactos sociais imediatos da recessão, embora em graus diferentes consoante o país da UE.
O Relatório sobre o Emprego em 2009 será discutido no início e 2010 pelos ministros do Emprego a Assuntos Sociais dos 27 e irá contribuir para a nova Estratégia UE2020 que deverá ser adoptada pelos líderes europeus em Março.
A Estratégia UE2020 substitui no segundo decénio do século a actual Estratégia de Lisboa desenhada para o período que termina em 2010.
Data de introdução: 2009-12-15