O risco de pobreza ameaçava 18 por cento da população portuguesa em 2008, um ponto acima da percentagem para a Uniäo Europeia, segundo dados divulgados pelo Eurostat no Luxemburgo. Os dados do organismo responsável pelas estatísticas europeias mostram que, em 2008, as taxas mais elevadas de pessoas em risco de pobreza foram detectadas na Letónia (26 por cento), Roménia (23), Bulgária (21), Grécia (20), Espanha (20) e Lituânia (20). As menos elevadas na República Checa (9 por cento), Holanda (11), Eslováquia (11), Dinamarca (12), Hungria (12), Áustria (12), Eslovénia (12) e Suécia (12).
A taxa de "risco de pobreza" é uma medida relativa que permite a comparação entre Estados-membros, visto que o limiar de pobreza varia enormemente entre países.
Os dados foram revelados no quadro da conferência sobre o Ano Europeu da Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social, que tem lugar a 21 de Janeiro próximo em Madrid, organizado pela Comissão Europeia e pela presidência espanhola da União Europeia (UE).
Os números publicados mostram ainda que em 2008 a percentagem da população portuguesa que não conseguia pagar uma semana de férias anuais fora da sua residência era de 64 por cento (a média europeia era de 37).
Por outro lado, os portugueses säo os europeus mais friorentos, 35 por cento não conseguia ter a casa aquecida de forma adequada (10 dos europeus).
Finalmente, quatro por cento dos portugueses näo conseguia, pelo menos de dois em dois dias, pagar uma refeição com carne, galinha ou o equivalente em legumes (nove nos 27).
Data de introdução: 2010-01-18