VOLUNTARIADO

Primeira conferência nacional debate dificuldades e reconhecimento social

A primeira conferência portuguesa dedicada ao voluntariado reúne no fim-de-semana mais de 200 participantes em torno de questões como a responsabilidade social, as principais dificuldades das organizações ou o reconhecimento da sociedade por esta forma de ajudar os outros. Organizado pela Confederação Portuguesa do Voluntariado (CPV), o congresso tem como mote "Voluntariado, Força de Mudança" e procura envolver entidades públicas e privadas, bem como cidadãos a título individual que se identifiquem com a causa gratuita do serviço ao próximo.

O objectivo é angariar mais voluntários, dar visibilidade a este tipo de iniciativas, procurar estabelecer novas parcerias com organizações que não façam parte da confederação, debater o papel do voluntário, o seu percurso dentro das organizações e a especialização do seu trabalho, explicou João Teixeira, presidente da comissão organizadora do congresso.

Ao longo de oito painéis, 18 conferencistas vão discutir a ética e a responsabilidade social, o enquadramento jurídico do voluntariado, a integração dos desfavorecidos, o marketing em torno do voluntariado, o mecenato e o reconhecimento social, adiantou João Teixeira.

O ciclo de vida do voluntário vai estar igualmente em discussão, uma vez que o período que este dedica a uma causa "é desenvolvido através de três ciclos: capacitação, realização/avaliação e continuação", explicou João Teixeira, acrescentando que estes temas são transversais a todas as organizações.

Este é um tema que está também relacionado com a especialização e maior dedicação que requerem algumas áreas como o trabalho com idosos, deficientes ou acamados.

A "tendência de fidelização" é outro dos pontos altos da conferência, uma vez que, segundo João Teixeira, a intenção de qualquer organização é que "os voluntários fiquem durante o tempo suficiente para que a formação feita possa render no trabalho desenvolvido".

E especificou: "O que se pretende é que o voluntário desenvolva trabalho suficiente, o mais bem preparado possível, para que a missão se faça da melhor maneira, em benefício do objecto da missão".

O congresso encerra com uma conferência sobre "o futuro a todos pertence", cuja ideia é conseguir reunir, a partir das apresentações feitas ao longo do fim-de-semana, uma série de ideias sobre o que poderá ser o futuro próximo. "Queremos recolher opiniões e preocupações que surjam dos participantes, para posteriormente apontar ao Governo sugestões que tenham a ver com o exercício do voluntariado", referiu.

A CPV congrega 16 organizações de voluntariado de áreas täo diversas como o escutismo, associações de pais, saúde, solidariedade social, colectividades, protecção civil ou religião.

 

Data de introdução: 2010-12-04



















editorial

REGIME JURÍDICO DO MAIOR ACOMPANHADO-Conclusões

Seis anos transcorridos sobre o novo regime jurídico do maior acompanhado e a mudança de paradigma que com ele se ambicionava, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade promoveu um colóquio que decorreu no...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Emudeceu-se a voz mais sonante e credível da fraternidade
Embora consciente de que “o Solidariedade” é um jornal isento de qualquer ideologia, de influências político-partidárias ou de qualquer proselitismo religioso,...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

O apagão mal comunicado
O veredito dos cidadãos espanhóis e portugueses quanto à comunicação dos seus governos sobre o apagão é claramente negativo. Em Espanha, quase 60% dos...