CRISE

Cavaco aponta autarquias e instituições de solidariedade social como "pilares decisivos" da coesão social

O Presidente da República apontou as câmaras municipais e as instituições de solidariedade social como "pilares decisivos" da coesão social em Portugal, reconhecendo que sem a sua acção a situação de exclusão e pobreza seria "demasiado forte". "As câmaras municipais, tal como as instituições de solidariedade, são neste momento pilares decisivos da coesão social em Portugal", afirmou o chefe de Estado, numa intervenção no final da cerimónia em que lhe foi entregue a chave de honra da vila de Sintra. Elogiando o "apreciável sentido social" que as autarquias e as instituições de solidariedade social têm demonstrado, Cavaco Silva admitiu mesmo que sem a sua acção "a situação de exclusão e de pobreza seria demasiado forte" para a sensibilidade de um país que pertence à União Europeia e que "traz surpresas e tormentas" que há uma década não seria possível imaginar.

Lembrando o encontro que teve com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), o Presidente da República enfatizou a intervenção crescente no auxílio às populações que as autarquias têm vindo a ter "nestes tempos muito difíceis que Portugal atravessa", enumerando os factores que têm levado ao aumento dos pedidos de ajuda.

Por um lado, referiu, tudo isto resulta de um aumento da taxa de desemprego em Portugal, da quebra de rendimentos das famílias e do crescimento do seu endividamento, da quebra dos laços familiares, ao aumento dos novos pobres e também do aumento do numero de reformados.

Reformados que, salientou, "ao longo da sua vida activa fizeram todos os seus descontos para as instituições de solidariedade convencidos que na velhice teriam uma vida tranquila e que agora se vêem numa situação de não conseguir pagar os remédios ou ter que bater à porta dos familiares, de instituições sociais ou da câmara municipal".

Referindo-se ainda às preocupações transmitidas pela ANMP, o chefe de Estado destacou ainda às "grandes dificuldades financeiras" que instituições de solidariedade social estão a atravessar, "em resultado da quebra dos recursos e do aumento muito forte das solicitações".

"É por isso que as câmaras municipais têm vindo a reajustar as suas prioridades no sentido do sentido do apoio mais directo às populações. Devem manter essa orientação", defendeu.

 

Data de introdução: 2011-11-04



















editorial

ELEIÇÕES

Com as eleições legislativas, autárquicas e presidenciais à porta, nunca é demais lembrar a importância do ato eleitoral, até porque a abstenção tem vindo a aumentar em Portugal como temos assistido nas várias...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

O voluntariado reforça a solidariedade das IPSS
A identidade das IPSS é a solidariedade. Nem todos poderão ter a mesma ideia sobre este valor humano nem a prática da mesma é igual. Até agora, não encontrei um...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

A minha migalha de consignação de IRS é para quê?
Este ano podemos consignar um por cento do nosso IRS a uma entidade de natureza social, ambiental, cultural ou religiosa, o dobro do que podíamos fazer anteriormente. Não é uma quantia...