Após as trocas de boas festas e feliz ano novo, mesmo que as festas não tenham sido lá muito boas, para muita gente, nem haver garantias de que o novo ano 2012 nos venha trazer muitas felicidades, o simples facto de podermos acordar com vida e de nos sentirmos com saúde, família e amigos, deverá constituir para nós motivo de esperança e confiança no futuro! Talvez neste Natal de 2011 tenhamos compreendido melhor que nunca o Natal de Belém: na pobreza, na austeridade, numa criança indefesa rodeada do carinho dos pais, após terem apanhado, em várias pensões, com a porta na cara, por serem pobres e sem boa aparência!
Curiosa e até profeticamente, o já chamado “Natal da crise” talvez venha a contribuir para que, em face do que se vai ouvindo e experimentando na pele, possamos intuir que isto possa contribuir para ir acabando com a “crise da Natal”, fazendo ver, a crentes e não crentes, que o verdadeiro e genuíno Natal foi, na sua origem, para continuar a projectar-se ao longo dos tempos, por um lado, um imenso grito de protesto contra todas as desumanidades que teimam em nascer e medrar nos corações dos homens e nas relações entre as nações e, por outro, um clarão de luz e esperança em tempos novos e numa nova humanidade.
Tempos novos em que o HOMEM não seja rejeitado nem explorado pelos interesses económicos e pelos detentores dos “vários poderes” que, em vez de servirem e libertarem o HOMEM, lhe negam o acesso à sua legítima DIGNIDADE!
Que o Cristo do presépio, qual “homem novo” e uma verdadeira INCARNAÇÃO DE DEUS NA NOSSA HISTÓRIA, na pessoas de uma criança chamada JESUS, nos faça levantar a cabeça e gritar também no tempo que nos tocou viver, o “tempo da crise”: não nos ajoelharemos diante do ídolo do DINHEIRO! Não venderemos a nossa DIGNIDADE, seja a que preço for! Se a austeridade e a simplicidade de vida foram o preço a pagar pela restituição da nossa LIBERDADE e CIDADANIA, vamos a isso!
Pe. José Maia
Data de introdução: 2012-01-25