CONTA SATÉLITE DO INE

Mais de 5 mil IPSS representam metade do VAB e acima de 40 por cento dos salários da Economia Social

As Instituições Particulares de Solidariedade Social, em 2010, representaram 50,1% do Valor Acrescentado Bruto (VAB), 42,6% das remunerações e 38,2% da necessidade líquida de financiamento da Economia Social. A revelação consta da Conta Satélite do sector divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística. Em 2010, existiam 5022 Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).
O Valor Acrescentado Bruto (VAB) da economia social representou 2,8% do VAB nacional total e 5,5% do emprego remunerado, refere a Conta Satélite, elaborada pelo INE e pela Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES). A caracterização da economia social em Portugal baseou-se na análise, por tipo de actividade, do número de entidades e dos agregados macroeconómicos das organizaçães da economia social (OES).
Das 55.383 unidades consideradas no âmbito da economia social, as associações e outras OES representavam 94%, sendo responsáveis por 54,1% do VAB e 64,9% do emprego remunerado. As misericórdias eram responsáveis por 14,3% do emprego remunerado, as cooperativas por 14%, as fundações 4,7% e as mutualidades 2,0%. Perto de metade (48,4%) das OES exerciam actividades na área da cultura, desporto e recreio, mas o seu peso em termos de VAB e emprego remunerado era relativamente diminuto (6,8% e 5,4%, respectivamente).
Em 2010, o sector registou uma necessidade líquida de financiamento de 570,7 milhões de euros. Contudo, as cooperativas, as mutualidades e fundações apresentaram capacidade líquida de financiamento.
Os recursos da economia social estimaram-se em 14.177,9 milhões de euros, provenientes, principalmente da produção (62,8%), transferências correntes e subsídios (23,8%) e rendimentos de propriedade (10,3%).
O documento estima que as despesas tenham ascendido a 14.748,6 milhões de euros e consistiram, fundamentalmente, em consumo intermédio (31,4%), remunerações (26,8%) e transferências sociais (24,3%).
O emprego gerado por estas entidades do sector social "revela-se muito importante" na União Europeia: mais de 14 milhões de pessoas (7,5% do total da economia europeia). Os países com maior peso relativo são a Bélgica (12,3%) e a Suécia (12%). Portugal encontra-se em 14.º lugar, com 5,6%, abaixo da média da UE.

 

Data de introdução: 2013-04-22



















editorial

REGIME JURÍDICO DO MAIOR ACOMPANHADO-Conclusões

Seis anos transcorridos sobre o novo regime jurídico do maior acompanhado e a mudança de paradigma que com ele se ambicionava, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade promoveu um colóquio que decorreu no...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Emudeceu-se a voz mais sonante e credível da fraternidade
Embora consciente de que “o Solidariedade” é um jornal isento de qualquer ideologia, de influências político-partidárias ou de qualquer proselitismo religioso,...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

O apagão mal comunicado
O veredito dos cidadãos espanhóis e portugueses quanto à comunicação dos seus governos sobre o apagão é claramente negativo. Em Espanha, quase 60% dos...